Licenciamentos ambientais, fiscalização, regionalização, gestão integrada, lixo zero e erradicação dos lixões foram debatidos por especialistas que atuam em diversos setores da sociedade.
A importância das certificações no setor de resíduos, com ênfase nas qualificações profissionais que contribuem para a melhoria da gestão dos resíduos sólidos, foi tema de discussão no 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos nesta quinta-feira, 9 de maio. O evento foi realizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), por meio da Câmara Temática de Resíduos Sólidos, em parceria com a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
Com o tema “Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos: Construindo Cidades Inteligentes”, o congresso reuniu o 16º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos e o IV Simpósio Internacional de Resíduos de Saúde. Em três dias (de 7 a 9), foram 12 painéis, além de outras palestras, acompanhadas por um público de cerca de 600 pessoas, presencialmente e online. Confira o álbum de fotos do evento.
A moderação do painel X “Certificações e Qualificações para o Setor de Resíduos Sólidos” ficou por conta de Josué da Costa Rocha, diretor da Mútua e membro da ABES-Pará, e o debatedor foi Denis Roberto do Rego, diretor de operações da Urbanizadora Municipal S.A, de São José dos Campos. Participaram das discussões: Adriana Falconeri, presidente do CREA Pará; Mateus Peçanha, CEO da Zeros; e João Gianesi Netto, presidente do Instituto Valoriza Resíduos, e Bruno Maddalena, do Hospital São Julião de Campo Grande, o primeiro hospital no país a receber a certificação Lixo Zero do Instituto Lixo Zero Brasil, que participou de forma virtual.
Denis Roberto do Rego destacou que a cidade de São José dos Campos foi a primeira do Brasil a ser certificada como cidade inteligente, sustentável e resiliente: “Somos o exemplo vivo que pode dar certo”, garantiu.
Sobre a erradicação dos lixões até agosto 2024, os especialistas concordam que o prazo não será atendido. “Para resolvermos esse problema precisamos de soluções incentivadas e regionalizadas”, destacou Gianesi Netto. O especialista enfatizou ainda que, em relação ao licenciamento ambiental e fiscalização, uma solução para acabar com a morosidade seria a terceirização desses serviços como é realizado nos Estados Unidos e em alguns países europeus.
A valorização profissional do engenheiro para o setor foi abordada por Adriana Falconeri, a primeira mulher a ser eleita presidente do Crea Pará. “Precisamos trabalhar para que mais mulheres sejam engenheiras”, defendeu.
Os inscritos no 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos poderão acessar todo o conteúdo apresentado durante os três dias por três meses na plataforma do evento.
O 1º Congresso Internacional de Resíduos Sólidos contou com patrocínio da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, da UTD Suzano, da AST – Serviços, Soluções e Tecnologia em Meio Ambiente e da Envex – Engenharia e Consultoria, além do apoio da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS).