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32º Congresso da ABES em BH: painéis abordarão o novo manual de drenagem e sistemas separador e unitário

Debates sobre os temas contarão com presenças de grandes nomes do setor e serão destaque no mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil, de 21 a 24 de maio, no Expominas, na capital mineira.

32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) – o Congresso da ABES, uma realização da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, acontecerá em Belo Horizonte, Minas Gerais, de 21 a 24 de maio de 2023. O mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil, que reunirá profissionais, estudantes e especialistas do setor, terá como um dos temas centrais a discussão sobre Drenagem e Esgoto no Brasil.

Entre as atrações está o Diálogo Setorial “Sistema separador absoluto ou sistema unitário: uma polêmica atual?”, que aborda as diferentes técnicas de tratamento de esgoto e as implicações ambientais e financeiras. O painel ocorrerá na segunda-feira (22), às 16h15. 

Participarão da discussão o coordenador da Câmara Temática de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais da ABES, Luiz Orsini; Marcos Helano Fernandes Montenegro, diretor nacional da ABES para a Região Centro-Oeste; Marco Antônio Lopes Barros, superintendente de Gestão de Empreendimentos da Sabesp; e Geison Dionisio de Freitas, diretor-geral do Serviço Municipal de Água e Esgoto de São Leopoldo/RS.

De acordo com Montenegro, é preciso encontrar a melhor estratégia para despoluir nossas águas. “Temos uma situação em que sempre se preconiza a separação absoluta, totalmente separada dos sistema de águas pluviais, mas mesmo assim em muitas cidades temos o esgoto indo parar nas águas pluviais e contaminando rios e córregos. Isso se agrava no cenário em que vivemos, com chuvas intensas constantes. Minha expectativa para este encontro no Congresso é que a gente possa debater uma meta para o sistema de esgotamento, nos mesmos moldes que no sistema de distribuição de água existe meta para que não haja perda, tenhamos também uma meta para não se perder o esgoto antes de ele chegar nas estações de tratamento. Isso é muito importante em relação à balneabilidade das praias nas cidades litorâneas, também. Sepa rar esse esgoto é fundamental para termos as água despoluídas”, avalia.

Para Orsini, o tema é importante porque, atualmente, a prestação do serviço de esgoto não tem como uma de suas metas a despoluição dos rios. “Fala-se muito no sistema unitário mas, na prática, os sistemas são misturados nas cidades brasileiras e é um problema a ser encarado, porque impacta na qualidade dos rios. Na Europa, um dos objetivos é a restauração da qualidade dos rios e isso é algo significativo”, ressalta.

Ele também participará do painel sobre o “Novo Manual Nacional de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais do Ministério das Cidades: diretrizes atualizadas para Estudos, Planos e Projetos”, que trará informações importantes para o planejamento e execução de projetos de drenagem em todo o país. Será na terça-feira (23), às 10h15.

Além de Orsini, integrarão a mesa Luiz Alberto Arend Filho, analista de Infraestrutura do Ministério das Cidades; Cássio Felipe Bueno, coordenador geral de Projetos do Setor Público do Ministério das Cidades; e Leonardo Picciani, Secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades.

Arend destaca que o campo de manejo de águas pluviais vem atravessando uma revolução tecnológica, entrando em um novo paradigma. “Mudando as soluções utilizadas, mudam também os impactos das intervenções, especialmente os positivos, que, além da diminuição das perdas e danos ligados aos desastres hidrológicos, agora também envolvem a diminuição da erosão dos solos, o aumento da recarga dos aquíferos, a recuperação de habitats, a amenização da temperatura e a valorização estética dos espaços urbanos, por exemplo. Ao abrir espaço para este tema, e para as diversas questões envolvidas, o Congresso da ABES abre espaço para o debate de questões de ordem técnica, de ordem administrativa e de ordem política, que, hoje, são super urgentes e super atuais”, pondera.

“O Congresso da ABES, pela tradição que tem, tem funcionado como uma ‘confluência’, reunindo o que o Brasil tem de melhor e mais avançado no campo da engenharia sanitária e ambiental. Aproveitar esta confluência para fortalecer o debate e a difusão do Novo Manual vai ser excelente, um privilégio”, complementa Arend.

Outro importante debate sobre o setor ocorrerá no painel “Saneamento integrado em áreas de ocupação informal/áreas de risco”, marcado para a segunda-feira (22), às 14h15. Confira a ementa deste e de outros debates aquiJá a programação completa pode ser consultada aqui.

O Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental é o mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil e será realizado no Expominas BH, na capital mineira, de forma totalmente presencial. As inscrições estão abertas aqui.

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