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ABES-SP: CT Recursos Hídricos promove debate sobre segurança hídrica na Região Metropolitana de São Paulo

A Câmara Técnica de Recursos Hídricos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção São Paulo (ABES-SP) promoveu, nesta quinta, 15 de março, a palestra “Segurança Hídrica na Região Metropolitana de São Paulo”, com Edison Airoldi, diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da Sabesp.

O encontro, que foi realizado na sede da ABES-SP, aconteceu no âmbito da reunião mensal da CT, que é coordenada pelo engenheiro e diretor da seção, Luis Eduardo Grisotto.

Em sua apresentação, Edison Airoldi discorreu sobre o panorama da Região Metropolitana de São Paulo (com seus 21 milhões de pessoas) desde a crise hídrica vivenciada entre 2014 e 2015, que foi, segundo ele “extremamente aguda – e sua intensidade mostrou a necessidade de aumentarmos a segurança hídrica, o principal ensinamento da crise, em especial na RMSP – e extremamente bem administrada”. Neste contexto, Airoldi falou sobre o que vem sendo feito como planejamento e que “vai levar a um nível de segurança hídrica fantástico”.

Obras e ações estruturantes

Airoldi apresentou as quatro ações estruturantes que, de acordo com ele, vão deixar o sistema da RMSP praticamente completo. Sem essas obras de infraestrutura da Sabesp, frisou o engenheiro, não haveria capacidade de produzir mais água para socorrer o Cantareira. “Não significa que não tenhamos ações localizada para fazer, mas o sistema passa a ganhar uma robustez muito grande, a segurança hídrica aumentará. Estamos construindo um sistema para o crescimento populacional”, explicou.

As quatro obras estruturantes referem-se: (1) Sistema Produtor São Lourenço; (2) Integração Jaguari – Atibainha; (3) Aproveitamento do Itapanhaú; (4) Reúso  e redução de perdas.

Sobre o reúso, Airoldi citou o exemplo do Aquapolo e lembrou que há 20 anos a Sabesp vem trabalhando nesta questão, um “processo complexo”, segundo ele. No quesito perdas de água, o engenheiro destacou os conceitos de “permanência e continuidade. No primeiro caso, explicou, “é algo que não acabará nunca. E continuidade significa dizer que se descontinuar o programa o problema das perdas voltará”.   

Palestra importante

“Foi uma palestra muito proveitosa”, opinou Márcio Gonçalves, que aproveitou a abertura da reunião para convidar os presentes para participarem dos diversos eventos das CTs. “Isso mostra para a sociedade, para os presentes no encontro, que o trabalho da Sabesp é muito intenso”, salientou. “Mostra também a trajetória da empresa, que vem realizando os investimentos necessários na redução de perdas. Podemos ver com clareza que é uma tarefa de constância, de proposito e de atitude, que vem trazendo resultado. Mas é um trabalho de longo prazo e de bastante impacto”, disse o presidente da ABES-SP.

O palestrante Edison Airoldi destacou o significado de debates como os promovidos no âmbito da ABES-SP. “É muito importante termos discussões de nível tão bom sobre temas tão importantes para a sociedade e para o desenvolvimento socioeconômico da Região Metropolitana de São Paulo, do nosso estado, do nosso país”, afirmou. “Acredito que debates com bastante conteúdo, com profundidade como este sempre trazem uma contribuição relevante e todos os envolvidos acabam, de alguma maneira, ganhando”, concluiu.

Reunião CTRH

O coordenador da CTRH, Luis Eduardo Grisotto, lembrou que a criação da CTRH no contexto da crise hídrica foi um pedido da sociedade, que buscava um espaço para a discussão do tema. “É uma Câmara aberta a debater diversos temas e a participação é gratuita”, frisou.

O engenheiro ressaltou, ainda, as participações da CTRH em Comitês de Bacias, como o PCJ, Alto Tietê, Sorocaba, Paraíba do Sul entre outros, e Conselhos. “A intenção da ABES, ao participar desses Foros Colegiados, é qualificar o debate. Temos um arcabouço riquíssimo de conhecimento técnico. Vale a pena viabilizar a discussão”, pontuou Grisotto.

 

 

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