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Webinar da ABES-SP mostra conexão entre eventos climáticos extremos e crises hídricas e quais as formas de combater seus efeitos

Na ocasião foi apresentada a Nota Técnica sobre Mudanças Climáticas e Crise Hídrica da ABES-SP, produzida  em conjuntop pela CTRH – Câmara Técnica de Recursos Hídricos e CTMA – Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Seção.

Por Equipe de Comunicação ABES

Para romper com o aumento progressivo do calor e reduzir a escassez de água, a sociedade tem que agir de forma integrada. Essa foi à principal conclusão do webinar promovido pelas Câmaras Técnicas de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente da ABES Seção São Paulo, por meio do Programa ABES Conecta, dia 6 de outubro, sob o tema “Eventos Climáticos Extremos e Crises Hídricas tendem a se repetir e se agravar?”. A associação trouxe um tema provocativo para debater os aspectos fundamentais das mudanças climáticas e os eventos extremos e o quanto refletem no desenvolvimento sustentável do Brasil e outros países. Na ocasião foi apresentada a Nota Técnica sobre Mudanças Climáticas e Crise Hídrica da ABES-SP (clique aqui para ler a nota, produzida  em conjunto pela CTRH – Câmara Técnica de Recursos Hídricos e CTMA – Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da ABES-SP).

Luís Eduardo Grisotto, coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos da ABES-SP, que palestrou e moderou o debate, foi acompanhado pelos especialistas Marcelo Schneider, Meteorologista, Mestre em Ciências Atmosféricas, Doutor em Ciência Ambiental, Coordenador do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia em São Paulo e Mato Grosso do Sul; e Ricardo Crepaldi, coordenador da Câmara Técnica de meio Ambiente e Mudanças Climáticas da ABES-SP.

“Quando nos propusemos a fazer a pergunta no título desse evento, tivemos a pretensão de orientar e qualificar esse debate sobre mudanças climáticas, em razão de que muitas informações estão sendo produzidas e divulgadas sobre os problemas que estamos vivendo no Brasil e no mundo. Por um lado isso é bom, porque a situação do clima e da estiagem está alcançando cada vez mais pessoas, mas, por outro, nós da ABES-SP, e especialistas do setor, ficamos muito preocupados com a qualidade da informação que está chegando para o público. Sabemos que é uma questão séria e abrangente, portanto, é um desafio traduzir tudo o que envolve as mudanças climáticas e a crise hídrica de um modo correto e responsável. Por isso, a ABES-SP assume esse papel importante ao promover atividades e debates com esse tema”, declarou Grisotto.

O coordenador destacou como foi desenvolvida a Nota Técnica sobre Mudanças Climáticas e Crise Hídrica e quais são seus objetivos, destacando entre eles o de servir para orientar as discussões, apresentações, entrevistas e os posicionamentos da ABES e seus especialistas em congressos, comitês e tantos outros espaços que debatem o assunto.

Em sua palestra, Grisotto fez uma contextualização sobre a crise hídrica de 2014 e 2015 e os efeitos que causou no País e nos diversos usos da água. “Hoje, em 2021, estamos vivendo mais uma crise e todos os problemas que ela causa, por exemplo, no fornecimento de energia e abastecimento da água”, mencionou. Para o executivo, a crise da água é muito mais uma questão de gerenciamento do que de escassez.

Grisotto fez alusão também às várias notícias que mostram recordes de temperatura no Canadá e Brasil, inundações recentes na Alemanha, Bélgica e Holanda, incêndios recorrentes nas florestas do Brasil devido ao aumento dos focos de calor e questionou se estamos diante de um novo padrão de chuvas e de crises hídricas? “São reflexões importantes que destacam a percepção da mudança hidrológica e climática. Isso produz alterações de padrões operacionais e de uso da água, aumento de custos trazendo queda de receitas; e a necessidade de ampliação de investimentos”, ressaltou. O especialista deu dicas para agir diante dessas recorrências e tantas incertezas para enfrentamento da crise atual e nos preparar para desenvolvimento de estratégias que possam prevenir ou reduzir as vulnerabilidades dos eventos futuros. “Precisamos internalizar esses conceitos e alertas de mudanças climáticas, provocar uma forte integração mediante instituições públicas e privadas para esses efeito não serem tão danosos”, apontou.

Na sequência, o meteorologista Marcelo Schneider observou a conexão da crise hídrica com o aumento da temperatura e apresentou dados do IPCC acerca das mudanças climáticas. Com base em suas pesquisas, mostrou gráficos que explicam a variedade natural do clima e dados da oscilação decadal do Pacífico (PDO) que influenciam bastante na temperatura gerando o aumento do efeito estufa e suas consequências globais. O palestrante comentou sobre os problemas que os desmatamentos causam no cenário ambiental e destacou o uso dos telhados verdes para reduzir a temperatura nas áreas urbanas.

Com base em dados científicos fez também comentários sobre o Mapa de Umidade, com água precipitável, segundo o Modelo Cosmo/Inmet Previsão 07/10/21, que proporciona, por exemplo, a criação dos rios voadores na Amazônia e favorece com incidência de chuvas em várias regiões do Brasil. Apresentou uma linha do tempo com índices de precipitação e fez comparações de estudos sobre a precipitação de chuvas na cidade de Franca, SP, entre outras ações que o Inmet tem conduzido para ajudar na precaução da falta de chuvas. “Expectativa de previsões para 2022 em relação às chuvas e temperatura podem ser acessadas no portal do Inmet”, informou.

Coautor da Nota Técnica da ABES-SP, Ricardo Crepaldi refletiu sobre pontos que são necessários para que a Abes ajude a sociedade a se motivar para atuar em temas relevantes. Destacou a importância de todos lerem a nota técnica e contou sobre o papel da Câmara Técnica de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, com mais de 10 anos de atuação no setor. “As mudanças climáticas acontecem por diversos motivos, tem referência sobre a emissão de CO2 e quanto afeta o aumento da temperatura, envolve a questão do desmatamento, o uso de combustíveis fósseis, entre outros”, pontuou.

Ele falou sobre o Microclima, as ilhas de calor/inversão térmica e suas consequências, com exemplos na cidade de São Paulo que nem sempre conseguem atingir os resultados esperados. Crepaldi destacou a importância de adotar a visão da sustentabilidade, considerando a realidade atual e as projeções futuras, para combater a crise hídrica e as mudanças climáticas. “A solução está em nossas mãos, é nossa responsabilidade. Temos que trabalhar de forma holística para melhorar a condição que temos hoje”, observou.

Para abrir os debates e concluir o evento, Luís Eduardo Grisotto declarou que “a construção para um futuro melhor deve ser conjunta, muitas coisas dependem de ações integradas. Não são questões isoladas que vão resolver os eventos extremos. Estamos diante de um grande desafio”.

Assista ao webinar na íntegra acessando este llink.

Tema das Mudanças Climáticas abrirá o Congresso da ABES

31º Congresso da ABES abrirá no dia 17 de outubro, domingo, às 19h, com palestra inaugural ministrada por Thelma Krug, Vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A especialista abordará o tema “Mudança do clima e cidades inteligentes e saneamento”.

O mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil acontecerá de 17 a 20 de outubro, de forma híbrida: presencial, em Curitiba, Paraná, e virtualmente, em plataforma digital exclusiva e interativa. O tema central desta edição 2021 é “Cidades Inteligentes conectadas com o saneamento e o meio ambiente: desafio dos novos tempos”.Confira a programação

ABES Conecta

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As opiniões emitidas neste evento não exprimem, necessariamente, a visão da ABES.

 

 

3 Comentários em Webinar da ABES-SP mostra conexão entre eventos climáticos extremos e crises hídricas e quais as formas de combater seus efeitos

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