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Congresso da ABES 2021: especialistas falam sobre tecnologias para gerenciar resíduos sólidos

Desafio, para o Brasil, são a adoção da valorização dos resíduos e o seu processamento, em detrimento da acumulação dos resíduos no solo, em aterros sanitários.

O 31º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental realizou o painel “Tecnologias Aplicadas ao Gerenciamento dos Resíduos Sólidos: desafio dos novos tempos” nesta terça-feira, 19 de outubro. A apresentação do encontro foi de Heliana Kátia Campos, coordenadora da Câmara Temática de Resíduos Sólidos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES e a moderação de Emília Wanda Rutkowski, professora associada da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas.

Geraldo Antonio Reichert, da Câmara Temática de Resíduos Sólidos da ABES, contou um pouco da história do encerramento dos lixões em Porto Alegre e ressaltou: “A legislação atual não estabelece prazo para o fim dos lixões, isso é proibido por lei federal desde 1954. Nosso desafio, que é muito maior, é enviar somente os rejeitos para os aterros sanitários”.

Para o professor Mario Russo, doutor coordenador do Instituto Politécnico de Viana do Castelo de Portugal, afirmou que não há uma solução única em resíduos: “Deve ser respeitado o contexto social, cultural, ambiental e econômico de cada caso. Não deve haver preconceito quanto às tecnologias na avaliação da melhor solução”, observou.

Madalena Duarte, líder do MNCR – Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável do Brasil, contou um pouco de sua trajetória como catadora há mais de 40 anos e enfatizou: “Não somos contra nenhuma tecnologia, nós queremos uma tecnologia que inclua, que nos dê condição de sobrevivência. Não sabemos que tipo de tecnologias estão chegando”, alertou.

A economia circular foi o tema da palestra de Cláudia Echevenguá Teixeira, diretora de Inovação e Negócios do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. “Um exemplo muito bacana é o da reciclagem do óleo de cozinha que é utilizado na produção do biodisel. Começou nos anos 2000 e, hoje, existem empresas organizadas para coleta e purificação desse óleo. Até no Mercado Livre você encontra pessoas que compram esse óleo”, destacou.

O 31º Congresso da ABES, o mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil, foi realizado entre os dias 17 a 20 de outubro, juntamente com a Fitabes 2021, Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental, em formato híbrido: presencialmente, no Expo Unimed Curitiba, na capital paranaense, e virtualmente, em plataforma digital. Esta edição do encontro teve como tema central “Cidades Inteligentes conectadas com o saneamento e o meio ambiente: desafio dos novos tempos”. Algumas atividades foram abertas ao público e transmitidas pelo canal da ABES no YouTube. Acesse aqui.     

 

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