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31º Congresso da ABES: novo marco do saneamento e lei de pagamento por serviços ambientais devem impulsionar mercado de biogás

Perspectivas foram apontadas no painel “Gases Gerados no Saneamento: Combustível Verde para promoção do Saneamento Ambiental no Brasil”.

Por Equipe de Comunicação ABES

Em 20 de outubro, último dia do 31º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, foi realizado um painel para debater sobre “Gases Gerados no Saneamento: Combustível Verde para promoção do Saneamento Ambiental no Brasil”. Tema que, segundo os painelistas, estará na pauta do setor de saneamento na próxima década, destacando que a energia do futuro virá do processo de tratamento de esgoto.

Confira o álbum de fotos (oficial) aqui e do público aqui.

Com moderação do coordenador da Câmara Temática de Tratamento de Esgotos da ABES, Gustavo Rafael Collere Possetti, o painel contou com diversos especialistas que debateram os princípios da economia circular e como aplicados ao setor de saneamento podem gerar valor para a sociedade. “Estamos em busca da transformação de um subproduto, que muitas vezes é um resíduo, em algo que pode gerar energia e pode nos ajudar, inclusive, na estratégia de universalização dos serviços de saneamento no Brasil”, definiu o moderador.

“Estamos num Fórum para troca de conhecimentos que este ano é especial porque estamos vivendo um divisor de águas. Além do novo Marco do Saneamento, existem novos desafios, a necessidade da inovação, e novas perspectivas voltadas para a sustentabilidade, portanto, esses temas são imprescindíveis para avançarmos e que estão sendo discutidos neste evento. Temos que transformar esse arcabouço teórico em ações contundentes para que a sociedade avance nos serviços de esgotamento sanitário”, complementou Possetti.

O chefe da Missão da UNIDO no Brasil e na Venezuela, Alessandro Amadio, apresentou as oportunidades para recuperação de recursos da economia circular podendo gerar créditos ambientais.  Ele também mostrou os gargalos que passam pela mudança da estrutura do sistema energético e as dinâmicas dos mercados, além de picos de biogás que podem prejudicar a economia de outras fontes de energia do sistema.

“É necessário alguns ajustes como diferenciar e integrar produtos, pesquisa e desenvolvimento, modelos de negócios, mercado e tecnologia para avançarmos”, explicou.

O coordenador do componente biocombustíveis e aproveitamento energético de resíduos do Programa Energia do Brasil (BEP), programa do governo britânico, Alessandro Sanches Pereira, mostrou o potencial do biogás no Brasil ao curto prazo na pecuária, na indústria e no saneamento.

Há um movimento de transformação energética mundial visando a descarbonização, além de representar um grande desafio para o alcance das metas ambientais também, que, segundo apontou o painelista, pode ser visto como um dos benefícios no potencial do setor proveniente de resíduos sólidos urbanos. “Precisamos olhar para além do saneamento, ele acaba abrindo portas, ainda mais com o novo Marco Legal, para uma série de serviços ambientais que já se oferece e não são valorizados. Temos, ainda, um outro marco legal que é a lei de Pagamento de Serviços Ambientais (PSA). Com isso, por exemplo, o esgotamento sanitário, além da universalização pode ser útil para a geração de energia, produção de material e descarbonizar a economia. Num mundo em que os riscos das mudanças climáticas são reais,  pensar em descarbonização é mais do que dever”, afirmou. 

O diretor-presidente do Cibiogás, Rafael Gonzáles, apresentou a visão do Plano Nacional de Energia para 2050, aplicáveis ao biogás e biometano e as oportunidades que ele traz. Mostrando o panorama do biogás no Brasil e a tendência do mercado, Gonzales apontou oportunidades para o saneamento na descarborização e no setor de combustíveis, exemplo do etanol que desde 2017 tem sua produção importada.

Gonzáles discorreu ainda que o biogás é a única energia renovável que transforma um passivo ambiental em um ativo energético e econômico, e que pode ser fonte de renda complementar para produtores rurais, para agroindústrias que produzem grandes volumes de resíduos e para aterros e estações de tratamento de esgoto. Ele é capaz de promover a economia circular em cooperativas e municípios, e ainda modernizar a matriz energética nacional com criatividade e sustentabilidade. Porém, até agora o aproveitamento do potencial de biogás no Brasil é de 2%. “Nós nos preocupamos muito com tecnologia, mas temos que olhar para os modelos de negócios”, orientou.

 O 31º Congresso da ABES, o mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil, foi realizado entre os dias 17 a 20 de outubro, juntamente com a Fitabes 2021, Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental, em formato híbrido: presencialmente, no Expo Unimed Curitiba, na capital paranaense, e virtualmente, em plataforma digital. Esta edição do encontro teve como tema central “Cidades Inteligentes conectadas com o saneamento e o meio ambiente: desafio dos novos tempos”. Algumas atividades foram abertas ao público e transmitidas pelo canal da ABES no YouTube. Acesse aqui.     

4 Comentários em 31º Congresso da ABES: novo marco do saneamento e lei de pagamento por serviços ambientais devem impulsionar mercado de biogás

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