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ABES presente em debate da APU sobre gestão compartilhada do saneamento em comunidades isoladas

Mônica Bicalho, coordenadora da Câmara Temática de Saneamento Rural, foi uma das palestrantes da roda de conversa realizada, nesta quarta (9), pela Associação do Profissionais Universitários da Sabesp.

Nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, Mônica Bicalho, coordenadora da Câmara Temática de Saneamento Rural da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental -ABES participou de uma roda de conversa online promovida pela Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp – APU. O evento reuniu especialistas para debater a gestão compartilhada do saneamento em comunidades isoladas. 

O debate foi realizado em parceria com o G9, um grupo de 9 mulheres especialistas em saneamento e qualidade de vida, responsáveis pelo projeto piloto de universalização do saneamento na região do Vale do Ribeira/SP, em cinco comunidades quilombolas no município de Eldorado. 

Além de Mônica, participaram da discussão Ezigomar Pessoa, ex-prefeito e atual coordenador Regional do Programa Vale do Futuro, no Vale do Ribeira; Helder Cortez, diretor de Unidade de Negócios do Interior Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece); Manuela Marinho, presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa); e Wilson Tadeu Lopes da Silva, pesquisador da Embrapa e especialista em saneamento rural. A moderação foi feita por Alzira A.  Garcia, diretora de Desenvolvimento Profissional da APU e presidente da Associação dos Especialistas em Saneamento (AESAN). 

Os especialistas discorreram sobre suas experiências em iniciativas desenvolvidas em diversos estados e destacaram a transversalidade que o tema representa com questões como acesso à água com qualidade, educação, serviço social e sustentabilidade nas comunidades isoladas.

Na oportunidade, Mônica Bicalho apresentou uma contextualização nacional do saneamento, abordando a gestão do saneamento rural como o maior desafio do setor. Ela ressaltou o que está em torno da antiga discussão sobre o conceito de rural, para a qual não existe uma definição universal. “Isso implica em dificultadores, como o futuro do planejamento de ações dentro das políticas públicas de saneamento”, disse.

Mônica mostrou também alguns mitos que envolvem o saneamento rural e contou sobre alguns programas desenvolvidos no País, seus desafios e dificuldades para implementação dos serviços de saneamento em áreas rurais. “Essas dificuldades têm sido minimizadas e em grande parte vencidas a partir de soluções através da gestão comunitária: Sisar – Sistema Integrado de Saneamento Rural”, comentou Mônica.

A especialista explicou que o Sisar é uma federação de associações comunitárias rurais, cujo modelo teve início na Bahia, em 1995, e se expandiu, em 1996, para o Ceará, na cidade de Sobral, com apoio da Cagece, do Governo do Estado do Ceará, do Banco KfW, das prefeituras e comunidades, que operam no sistema de gestão compartilhada. “O Sisar não é uma empresa prestadora de serviço, portanto, não concorre com a Cagece, e, sim, é uma organização da sociedade civil, composta por várias associações comunitárias, que prestam elas próprias o serviço”, esclareceu.

Hoje, além do Ceará e Bahia, o modelo de gestão regional/territorial Sisar/Central está em cidades e comunidades do Piauí e Pernambuco. 

Para assistir ao debate ,clique aqui.

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