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Brazil Water Week: Leia a entrevista com Rafael Volquind, coordenador do Tema 7 “Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade”

“Queremos ouvir experiências mundiais do impacto das mudanças do clima e as soluções já adotadas para promover melhorias para o meio ambiente e garantir a universalização do saneamento e o acesso à água potável”, ressalta Volquind

“Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade” é um dos grandes temas que serão discutidos na Brazil Water Week 2022 (Semana da Água do Brasil), o mais importante evento internacional sobre água e saneamento do país. Realizada pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, esta edição da BWW acontecerá online, de 23 a 27 de maio, em plataforma exclusiva e interativa.

O evento contará com 20 sessões em sua programação e profissionais de 49 instituições parceiras do Brasil e do exterior, que compartilharão suas experiências durante 5 dias de realização. (Saiba mais e faça sua inscrição aqui)

A discussão em torno do Tema 7, que é coordenado por Rafael Volquind, coordenador da Câmara Temática da ABES de Meio Ambiente, pretende entender os principais impactos e riscos associados ao meio ambiente pelas mudanças climáticas e, principalmente, os desafios no cumprimento dos ODS, com destaque para os Objetivos 6, 9, 11, 12 e 13. Também serão abordados os desafios nas empresas com a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) e suas relações com práticas ambientais e sociais responsáveis e a importância da comunicação na informação e consolidação do conceito de sustentabilidade, influenciando em atitudes positivas para o meio ambiente.

Na entrevista a seguir, Rafael Volquind comenta a importância da realização no cenário atual, as novidades que serão trazidas para o debate, contribuições do ESG, entre outros destaques das sessões deste tema. “A Brazil Water Week vem discutir soluções para o saneamento e o meio ambiente brasileiro e para o contexto mundial”, frisa. “Queremos ouvir experiências mundiais do impacto das mudanças do clima e as soluções já adotadas para promover melhorias para o meio ambiente e garantir a universalização do saneamento e o acesso à água potável”, ressalta também o coordenador.

Confira a entrevista:

Portal ABES Notícias – Como você vê a importância da Brazil Water Week para o setor de saneamento e meio ambiente em nosso contexto atual, especialmente no que parece ser a transição do período de pandemia para o pós-covid?

A pandemia mostrou mais uma vez o quanto é importante dispormos de saneamento e com acessibilidade a todos, ou seja, universalizado. O simples ato de lavar as mãos é um dos maiores recursos para a prevenção de doenças, inclusive graves, como covid. Assim, ter água limpa com fácil acesso salva vidas, simples assim.

O monitoramento do vírus nos esgotos também foi uma ferramenta fundamental que possibilitou acompanharmos a evolução da doença com a detecção e a quantificação do coronavírus nas amostras de esgoto.

Assim, o saneamento foi peça chave na pandemia tanto na prevenção, com hábitos de lavar as mãos, quanto no auxílio ao monitoramento possibilitando ações de saúde pública e medidas de prevenção.

Também estamos vivendo casos de eventos extremos de norte a sul do país, com enchentes, deslizamentos e fortes estiagens. Tudo relacionado, além do clima, à gestão ineficiente dos recursos naturais que dispomos.

E é nesse momento pós-covid que a Brazil Water Week vem discutir soluções para o saneamento e para o meio ambiente brasileiro e também para o contexto mundial. São temas diversos e abrangentes, com um gama de sessões nas quais muitos especialistas, brasileiros e estrangeiros, trarão suas visões sobre situação e ideias de como encontrar soluções.

Portal ABES Notícias – O que a Brazil Water Week está trazendo de novidade para discutir os impactos provocados pelas mudanças climáticas para o planeta?

 Dentro dos episódios de eventos extremos, a BWW vai trazer debates sobre a resiliência, sobre como a sociedade em geral, em especial as comunidades mais carentes, devem ser preparadas pelos gestores públicos para enfrentar tais eventos. Falta ou excesso de água incomodam muito a produção e as urbanizações, afetam a produção e a mobilidade e, mais do que isso, matam pessoas. Todos os anos vemos situações de enchentes, deslizamento de terras, rios secando e queimadas descontroladas devastando nossos biomas. Bem gerir os recursos é fundamental para salvar tudo e todos. Queremos ouvir experiências mundiais do impacto das mudanças e as soluções já adotadas, para replicar no Brasil aquelas que são viáveis, seja a curto, médio ou longo prazo.

Portal ABES Notícias –  Quais os maiores desafios para atingir os ODS 6, 9, 11, 12 e 13, estabelecidos pela ONU e como as discussões da BWW podem contribuir?

Esses ODS estão inter-relacionados. Para pensar em cidades e comunidades sustentáveis é necessário pensar em consumo e produção responsável, promovendo ações contra a mudança global do clima e universalizando o acesso à água potável e saneamento.

Porém, temos que primeiro garantir mobilização, participação e envolvimento de todos. Começa com o cidadão, com suas pequenas ações e mudanças de atitudes individuais. Também passa pelas empresas, que podem inclusive otimizar custos e rendimentos ao adotar práticas sustentáveis nos seus processos produtivos, administrativos e sociais. E um agente principal é o poder público, por meio de políticas públicas de desenvolvimento sustentável e incentivos, que garantirá ambiente favorável à implantação de novas tecnologias.

Enfim, deve haver lastro favorável para adoção de boas práticas visando alcançar o conjunto de ODS, em especial estes que estão recebendo destaque no nosso evento. 

Portal ABES Notícias – De que forma o ESG pode contribuir com as práticas sustentáveis e ambientais em empresas e governos?

O termo ESG vem se popularizando nos últimos anos. Pensar no ESG é pensar em controle, é enxergar um problema, compreendê-lo, dimensioná-lo e agir sobre ele com inteligência para encontrar sua solução. Também é o gerenciamento de ações para manutenção ou melhoria de padrões e processos. Trazer ESG para a área ambiental faz com que setores públicos e privados olhem para dentro de si e busquem soluções adequadas, além de incentivo para melhorias das práticas ambientais e sociais. Conhecendo carências e oportunidades, por meio da sistematização.

O ESG também está relacionado aos ODS, pois se concretiza com ações socioambientais desenvolvidas nas empresas e propicia mais credibilidade à medida que as empresas passam a ter governança e conhecem seus impactos negativos e positivos na sociedade. 

Portal ABES Notícias –  Como está sendo pra você o desafio de liderar o Tema 7 do evento?

É um desafio novo, imenso, cansativo, mas muito recompensador. A organização multi-institucional, em que cada tema e cada sessão é debatida com diversas instituições, inclusive de outras nações, proporciona novos contatos e amplia o networking tão necessário para ampliarmos nossa comunicação.

Todo este trabalho, no fim, acaba sendo muito prazeroso tendo ao lado pessoas super competentes nas suas áreas de atuação e bastante interessadas também no tema e no evento!

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