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Financiamento híbrido e títulos verdes são discutidos em Sessão Especial da Brazil Water Week

Especialistas apresentaram o papel dos mecanismos e instrumentos inovadores de financiamento e crédito, Green Bonds e Blended Financing, no alcance das ODS. Disponível no canal da ABES no YouTube.

Os promissores instrumentos e mecanismos inovadores de financiamento e crédito, Green Bonds (títulos verdes) e Blended Financing (Financiamento híbrido), relacionados com a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), foram os temas discutidos na quarta Sessão Especial da Brazil Water Week – Semana da Água do Brasil, que acontece entre segunda (23) e sexta (27).

 O webinar foi realizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), nesta quarta-feira (18), e transmitido gratuitamente pelo YouTube (acesse aqui).

A sessão “Mecanismos e Instrumentos Inovadores de Financiamento e Crédito para Alcance das ODS: Green Bonds, Blended Financing” foi mediada e apresentada por Corinne Cathala, especialista em água e saneamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Os especialistas convidados para a apresentação foram Sophie Trémolet, diretora de água doce da The Nature Conservancy na Europa; Marcella Ungaretti, chefe de pesquisa da ESG na XP e Partner – XP Inc; Diana Parra, gerente financeira da Empresa de Acueducto y Alcantarillado de Bogotá (EAAB); e Isabelle Braly-Cartillier, especialista financeira sênior do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

A gerente financeira da EAAB, Diana Parra, falou sobre a experiência no aqueduto de Bogotá desenvolvendo um mecanismo de financiamento híbrido para aumentar a resiliência hídrica da cidade. Ela contou sobre os principais desafios encontrados no ano passado para estruturar os mecanismos de financiamento verde, incluindo os green bonds: a falta de conhecimento sobre o conceito do financiamento verde; o processo para identificar os projetos verdes; e a decisão e escolha de quais indicadores de impacto ambiental deveriam utilizar para medir o impacto de cada projeto selecionado. “Acho que é interessante mencionar que nós tivemos que trabalhar junto com diferentes áreas e equipes da empresa; por exemplo, nós do setor financeiro precisamos trabalhar com a área de conservação e sustentabilidade, desenvolvendo a carteira de títulos verdes”.

A especialista financeira sênior do BID, Isabelle Braly-Cartillier, destacou o potencial dos títulos verdes para o setor hídrico,  explicou sobre os tipos de títulos verdes, quem pode emiti-los, seus benefícios e impactos, especialmente no setor hídrico. “Esses títulos verdes, são basicamente um compromisso com a sustentabilidade”, afirma, explicando os diferentes tipos de títulos e detalhando os Green Bonds; quem pode emiti-los e quais são seus benefícios e impactos, especialmente no setor hídrico.  “A sustentabilidade passa a ser um assunto discutido em todos os setores da empresa, inclusive no departamento financeiro e de investimentos”, reitera.

A brasileira Marcella Ungaretti, chefe de pesquisa em ESG na XP e Partner – XP Inc., apresentou as principais razões do porquê as empresas devem se importar com o ESG; detalhando os investimentos de companhias em sustentabilidade, o engajamento de investidores na temática e como isso impacta no consumo. Segundo ela, muitos consumidores jovens estão “pressionando as companhias para que tenham uma maior preocupação com o meio ambiente e com a sociedade”. 

Ela também falou sobre o greenwashing, que pode ser praticado tanto por empresas e indústrias, quanto por ONGs, governos e políticos. “Ele ocorre quando algum desses órgãos promovem discursos, propagandas e/ou campanhas colocando-se como sustentável, mas, na verdade, o discurso não compactua com o que é de fato feito. Em um momento como o que estamos vivendo atualmente, em que todos os olhos estão voltados para a importância de ter boas práticas ESG, acreditamos que é necessária uma atenção redobrada, visando diferenciar o que é somente um discurso do que é a prática”.

Por sua vez, Sophie Trémolet, diretora de água doce da The Nature Conservancy na Europa, abordo o blended finances e Soluções Baseadas na Natureza (Nature-Based Solutions ou NbS), focando em como “podemos construir programas verdes para empresas de saneamento e de água, que podem mobilizar as finanças verdes”, destacando soluções que “atendem mais metas do que simplesmente fornecer água, esgoto e saneamento”. Ela detalhou o conceito de NbS, como podem ajudar nos desafios relacionados à água e destacou como os investimentos em NbS no setor hídrico podem gerar múltiplos valores: segurança da água; mitigação das alterações climáticas; adaptação às alterações climáticas; saúde e bem-estar humano; conservação da biodiversidade; empregos e coesão social. 

O encerramento do webinar foi feiro pelo coordenador do Tema 6 Financiamento da BWW, Luis Eduardo Grisotto, que é diretor da ABES-SP e coordenador da Cãmara Temática de Gestão de Recursos Hídricos da Seção. Ele parabenizou as palestrantes e destacou a importãncia do conteúdo apresentado, “que certamente inspirará muitas políticas, programas, ações e investimenbtos no setor de saneamento, de recursos hídircos e serviços ambientais”. 

Ao todo, foram realizadas seis sessões especiais gratuitas, que podem ser acompanhadas pelo ABES Conecta, no canal da Associação no YouTube (acesse aqui). As atividades antecederam à Brazil Water Week, que será entre os dias 23 a 27 de maio, com cinco dias de sessões reunindo 110 especialistas do Brasil e de outros 19 países, em uma plataforma exclusiva e interativa. Saiba mais aqui

 

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