Por equipe de comunicação ABES/BWW
O último dia da Brazil Water Week (BWW 2022) começou na manhã desta sexta-feira, 27 de maio, discutindo as tecnologias e boas práticas de gestão sustentável dos resíduos sólidos urbanos. A Semana da Água no Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, teve início nesta segunda-feira, 23, e foi transmitida em plataforma digital exclusiva e interativa.
Em sua terceira edição, a BWW é o mais importante evento internacional sobre o universo da água do país já é considerada o streaming do saneamento. Todo o seu conteúdo online (mais de 40 horas de programação) ficará disponível para os inscritos por 90 dias. Para fazer sua inscrição, acesse aqui.
A primeira sessão desta sexta-feira debateu o tema “Resíduos Sólidos Urbanos: tecnologias e boas práticas de gestão sustentável”, dentro da temática Economia Circular. A coordenadora do painel foi Alice Libânia Santana Dias, membro da Câmara Temática de Resíduos Sólidos da ABES, e o moderador do debate foi Rubens Herbert Aebi, vice-presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energético de Resíduos (ABREN).
A sessão contou com participação de Hélinah Cardoso Moreira, diretora de Projeto Cooperação para Proteção do Clima na Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (ProteGEEr); Luís Marinheiro, global market director da empresa europeia AST (Soluções e Serviços de Ambiente, Lda). e board member das empresas europeias Aquasmart (Water and Wastewater Treatment Solutions, Lda.), Wedotech, Lda. e SLMK – Consultoria, Lda; Clovis Zapata, representante para o Brasil da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO); e Flávio Matos, membro do conselho da ABREN.
A diretora do ProteGEEr falou sobre a promoção de boas práticas de gestão sustentável de resíduos e a economia circular. “A gente só consegue promover boas práticas de gestão de resíduos quando o resíduos está como protagonista – enquanto ele está como invisível, escondido, a gente não tem como, de fato, lidar e promover um avanço no seu manejo. Obviamente, quando a gente coloca ele na frente, nesse processo de urbanização, nessa vida na cidade, ele acaba sendo um vetor de transformação e de promoção de saúde, educação, proteção ambiental, desenvolvimento econômico, inclusão social, turismo local, tecnologias de valorização e inovação”, afirmou Helinah Moreira.
A intervenção de Luís Marinheiro foi “centrada em uma particularidade da gestão de resíduos, que tem a ver com a sustentabilidade e com as medidas hoje implementadas para termos um planeta que tenha uma longevidade e qualidade ambiental melhor do que temos hoje”. Segundo ele, existe um paradigma, no que é chamado de economia linear, de que para o desenvolvimento econômico é preciso o consumo de recursos, mas que são recursos finitos e “caminhamos agora para políticas públicas e privadas que estimulam um movimento cíclico dos materiais”.
Clovis Zapata falou sobre a atuação da Unido no Brasil e o trabalho realizado no tema dos resíduos sólidos urbanos, relacionado à água. “Na nossa percepção em relação ao tema, existe um potencial gigantesco no Brasil, entretanto nós percebemos que existe a necessidade de maior compreensão e avaliação das rotas tecnológicas que são possíveis; de conhecer melhor os potenciais arranjos legais que são necessários para poder fazer esse tipo de acordo funcionar, de forma efetiva; uma necessidade enorme de educação nos diversos níveis, tanto para gestores públicos, quanto para o setor privado, para conhecer as potencialidades da área; e também de haver uma maior convergência política e econômica propícia para o desenvolvimento do manejo dos resíduos sólidos no Brasil”, destacou.
Flávio Matos, membro da ABREN, falou sobre a política nacional dos resíduos sólidos e os avanços na política de gestão dos resíduos nos últimos anos. “É importante ressaltar que os países que mais praticam reciclagem e compostagem são também os países que mais praticam a cooperação energética; são pilares que se complementam, cada fluxo de resíduo deve ter sua destinação adequada para o tratamento desde que tenha sido coletada seletivamente para a reciclagem e compostagem, então são soluções tecnológicas que se complementam em detrimento do aterro. É importante ressaltar que o objetivo máximo é a diminuição de resíduo que vai parar em aterro, maximizando a reciclagem, compostagem e recuperação energética”.
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