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Conferência do Clima da ONU começa nesta segunda-feira, dia 7, no Marrocos

Tem início nesta segunda-feira (7), em Marrakech, no Marrocos, a 22ª Conferência Quadro das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 22). O evento anual da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne representantes de diversos países para discutir as mudanças no clima do planeta.

O encontro acontece em um momento de indicadores alarmantes sobre o aquecimento global: aumento das temperaturas e da concentração de CO2, subida do nível do mar e recuo dos glaciares.

Este ano, o planeta poderá bater o seu terceiro recorde anual consecutivo de calor desde que começou o registo das temperaturas, em 1880.

Nos nove primeiros meses de 2016, a temperatura ficou 0,98°C acima da média do século XX (que era de 13,88°C), ultrapassando em 0,12°C o recorde anterior, do mesmo período de 2015.

No ano de 2015, a subida média da temperatura mundial fora de 1°C face à era pré-industrial, indicador usado nas negociações internacionais sobre o clima.

No Ártico, a temperatura à superfície alcançou em 2015 os níveis recorde de 2007 e 2011, com um aumento de 2,8°C face ao início do século XX, quando foram compilados os primeiros registos.
Em todo o mundo, o recuo dos glaciares nos maciços de tipo alpino continuou em 2015, pelo 36.º ano consecutivo.

A Groelândia perdeu perto de 2.700 mil milhões de toneladas de gelo entre 2003 e 2013.

O nível dos oceanos continuou a subir em 2015, cerca de 70 milímetros acima da média registada em 1993.

Também as concentrações dos três principais gases com efeito de estufa, dióxido de carbono, metano e protóxido de azoto – alcançaram novos picos em 2015.

Pela primeira vez, a concentração de C02, o principal gás com efeito estufa, ultrapassou durante todo o ano as 400 ppm (partes por milhão) à escala global e a tendência é que se mantenha.

Países em desenvolvimento podem cortar emissões em 1 gigatonelada

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A ONU afirma que os países em desenvolvimento podem reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa em até 1 gigatonelada se a comunidade internacional cumprir as promessas de financiamento.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, o mundo precisa cortar entre 12 e 14 gigatoneladas das emissões de gases previstos para 2030 para limitar o aquecimento global em 2ºC neste século. Uma gigatonelada equivale a 1 bilhão de toneladas.

A agência diz que as fontes de energia renováveis e eficientes nos países em desenvolvimento vão evitar a emissão de 0,4 gigatonelada de gases que causam o efeito estufa até 2020.

O Pnuma calcula que esse nível pode chegar a 1 gigatonelada se os países ricos aumentarem os financiamentos para o setor. No ano passado, as nações ricas prometeram disponibilizar US$ 100 bilhões por ano para financiar projetos sobre o clima até 2020.

Só para se ter uma ideia, 1 gigatonelada é o equivalente as emissões geradas por todos os tipos de transporte, inclusive o aéreo, somente na região da União Europeia.

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