Encontro com participação do tecnólogo e engenheiro operacional Silvio Luiz Giudice foi promovido pela Câmara Técnica de Recursos Hídricos e pelo Programa Jovens Profissionais do Saneamento da ABES-SP nesta quarta-feira, dia 8 de março, abordando o tema “Reservatórios de Detenção (Piscinões) e Drenagem Urbana”.
Por Clara Zaim
Em palestra promovida pela Câmara Técnica de Recursos Hídricos e pelo Programa Jovens Profissionais do Saneamento da ABES-SP, nesta quarta-feira, 8 de março, Silvio Luiz Giudice, tecnólogo em Construção Civil – Modalidade Obras Hidráulicas/Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC/SP, engenheiro operacional pela FEOSP e gerente de Engenharia da Diretoria de Gestão de Obras do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, alertou que os piscinões não podem ser considerados solução para todos os problemas.
Para o especialista, esta modalidade deve ser construída em última hipótese, após esgotadas as possibilidades de atuação nos rios. “Uma das ideias era mostrar como funciona o piscinão e para que serve em termos de melhoramento de amortecimento de pico de cheias. Porém, esta não é a única solução. Só que uma mudança de paradigma pode criar um problema ainda maior’’, afirmou o engenheiro, sobre a apresentação da palestra “Reservatórios de Detenção (Piscinões) e Drenagem Urbana”.
“No DAEE ou até mesmo na Prefeitura buscam-se alternativas para solucionar enchentes com a proposta de piscinão. É necessário resolver o problema no próprio canal, o piscinão deve ser feito quando não há outra alternativa. Queria mostrar isso para os participantes da palestra”, pontuou Silvio.
O engenheiro abordou, entre outros temas, bacias, tipos de reservatórios, retenção/detenção, vazões de pico, soleiras, barragens, piscinões, hidrogramas, manutenção, drenagem urbana, enchentes, plano de macrodenagem e planos diretores de drenagem urbana. O convidado também discorreu sobre como funcionam os reservatórios por barragens em países como França, Estados Unidos e Austrália.
Como resume o coordenador da CT Recursos Hídricos, Luis Eduardo Grisotto, a palestra proporcionou entendimento sobre as medidas estruturais, construção de piscinões e reservatórios de retenção/contenção, além de mostrar a importância para o amortecimento das cheias e o controle hidráulico e hídrico nos rios da Grande São Paulo. ”É muito importante, dentro do ponto de vista técnico e gerencial, pois nos alerta e nos ensina como detalhar os planos, como atuar em épocas de chuva e em grandes cheias, além de orientar a gestão e o gerenciamento dos recursos hídricos. Um destaque é a manutenção, a limpeza e o monitoramento das estruturas hidráulicas. Caso isso não ocorra as áreas ficam degradadas, menos valorizadas, com perigo de atrair insetos e roedores. A palestra mostrou, também, o quanto é necessário compreender os aspectos de drenagem no contexto da bacia hidrográfica, observando a sua integração com a cidade”, frisou Grisotto.
Quem assistiu à explanação saiu da ABES-SP com conhecimento valioso para sua atuação profissional. “Achei muito interessante, eu trabalho com saneamento, mais precisamente com esgoto, e não conhecia essa parte de drenagem”, afirmou Cinthia Helena Nicolau, 32 anos, sanitarista ambiental na SABESP.
Para o coordenador da Câmara, o evento alcançou seu objetivo, agregando novos conhecimentos e despertando idéias e reflexões sobre a importância da drenagem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades . “Tenho certeza de que o público saiu satisfeito com o conteúdo e com a qualidade dos debates nesta noite, reforçando o compromisso da ABES com a excelência técnica e com a responsabilidade na produção de conhecimentos. Não tenho dúvidas que o que assistimos hoje é uma grande contribuição intelectual para todos os participantes’’, disse Grisotto.
There is some nice and utilitarian information on this site.