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Desafios do saneamento ambiental: ciclo de debates reúne público diversificado e participativo em Curitiba

O presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza, fala ao público em Curitiba

Nesta segunda-feira, 27 de março, ocorreu em Curitiba/PR o terceiro encontro do Ciclo de debates “Desafios do Saneamento Ambiental”. Sucesso de público e participação, o evento foi promovido pela Diretoria Nacional da ABES em parceria com a ABES Seção Paraná e abordou os 10 anos da Lei 11.445, conhecida como a Lei do Saneamento, para os associados da ABES Paraná e público em geral. O encontro contou com cerca de 110 participantes, entre estudantes, professores universitários e profissionais do setor.

O presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza, abordou dados do Saneamento no Brasil nos 10 anos da Lei 11.445, na região Norte e no Amazonas, apresentando o estudo “Situação do Saneamento Básico no Brasil – uma análise com base na PNAD 2015”, sobre os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e filtro de água no Brasil, em um comparativo 2014/2015. Todas as informações têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), anualmente. A discussão sobre a questão público-privada no setor também foi debatida no evento.

Antonio Carlos Nery, presidente da ABES-PR

“O evento atingiu bem a finalidade que queríamos, que é a divulgação da associação e do que ela é capaz de proporcionar ao associado, seja ele pessoa física, seja jurídica”, ressalta o presidente da ABES-PR, Antônio Carlos Nery. “O tema escolhido foi bastante interessante sobre como estamos hoje depois de 10 anos da Lei do Saneamento, o saneamento da Região Sul e a privatização do saneamento, as vantagens e desvantagens. Ficou claro que essa polêmica deve ser trabalhada um pouco melhor”, enfatiza Nery. “Aquilo que queríamos passar para as pessoas, tanto os sócios – acostumados com esse debate – como para os não-associados, era o que a ABES tem condição de proporcionar. Esse debate com estudantes e pessoas que tem mais de 30, 40, 50 anos no saneamento não se encontra em nenhum livro. Foram quase duas horas de discussão e mesmo no intervalo as pessoas continuaram debatendo.”

O diretor da ABES-PR, Celso Luis Thomaz, destacou a participação bastante expressiva e diversa do público. “Não temos dúvida do sucesso do evento, tanto em número de público como em relação à diversidade: empresários, estudantes de pós-graduação, professores universitários, profissionais da área do saneamento, da Sanepar, de Meio Ambiente do Paraná”, elenca. “Tivemos também um debate bastante interessante do ponto de vista da análise que o Roberval Tavares de Souza acabou promovendo, os 10 anos da Lei do Saneamento, principalmente, com relação à questão do saneamento público-privado”, conta ele.

Para Celso, a ABES pode produzir um material rico depois desse Ciclo de Palestras. “Podemos fazer alguma manifestação de consenso e a ABES pode se posicionar no futuro com relação à forma de modelar e alavancar o saneamento com uma velocidade maior do que tem acontecido até agora no país, principalmente em alguns estados que estão mais atrasados.”

Olhar do público

Além de diversificado, o público presente foi bastante participativo e saiu do evento satisfeito.

Na opinião de Karen Juliana do Amaral, professora da Universidade de Stuttgart, da Alemanha, “a palestra foi bastante construtiva. Iniciou mostrando um pouco do papel da ABES no país, discutiu pontos específicos sobre saneamento, universalização, política”, diz. “Mais tarde, houve uma discussão bastante rica com perguntas de diversos participantes, abordando temas como recursos hídricos e saneamento e a necessidade de unir essas duas áreas, além da questão da privatização dos serviços de saneamento”, salienta Karen, que é parceira da ABES-PR em alguns cursos promovidos pela entidade.

O engenheiro civil Pedro Cerqueira gostou da palestra porque foram colocados os principais pontos na discussão, como a questão de índice de atendimento de saneamento no Brasil. “Uma visão bem geral, mostrando a importância da ABES e também de todos que participam do saneamento de buscar a universalização no setor. O Plansab prevê que vai ser universalizado em 2033, mas o investimento que está sendo feito é metade disso e, se continuar assim, em vez de 2033 vai ser universalizado em 2053, só vinte anos mais tarde. Isso motiva a causa, e também mostra a falta de investimento no setor.”

O presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza, ressalta o alto nível do debate e a intensa participação do público. “Foi uma reunião muito boa, com participação de mais de 110 pessoas. Um debate muito forte com relação ao Saneamento Ambiental e ao tema relacionado à privatização do setor. Os sócios da ABES-PR estão de parabéns e todos aqueles que participaram da reunião. Em nome da ABES, nosso muito obrigado e um forte abraço a todos.”

O Ciclo de Debates “Os Desafios do Saneamento Ambiental no Brasil’ tem sido sucesso por onde passa. Além de Curitiba, Manaus/AM e Goiânia/GO já receberam o evento. O próximo encontro será em Porto Alegre/RS, no dia 3 de abril (saiba mais aqui).

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