O engenheiro Alceu Guérios Bittencourt, do Conselho Diretor da ABES-SP, representa a ABES na Comissão Temática do Fórum Mundial da Água, como um dos quatro brasileiros destacados para compor o Comitê do encontro internacional que será promovido em Brasília/DF de 18 a 23 de março (saiba mais aqui). Nesta entrevista, Alceu aborda a importância do evento para o Brasil e a relevante participação da ABES, por meio de seus associados, na organização do Fórum. Leia a seguir:
Portal ABES – Qual a importância, para o Brasil, da realização do Fórum? Pode comentar também para o setor de Saneamento?
Alceu Guérios Bitrencourt – Será a primeira edição do Fórum no hemisfério Sul, o que por si só indica a importância para o nosso país. O Brasil é muito ativo no Conselho Mundial da Água, tem o seu presidente em segundo mandato, o Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, e atuou fortemente para trazer o Fórum para cá, o que foi decidido em uma votação apertada, concorrendo com um país muito organizado e qualificado, a Dinamarca. Este evento coloca o Brasil, que tem uma tradição de atuação internacional em questões ambientais, no centro da agenda da água, que é uma das mais importantes para as próximas décadas.
Para o setor de saneamento, é uma oportunidade relevante. O Brasil, embora ainda tenhamos déficits de atendimento e grandes problemas de eficiência, é uma referência para outros países em desenvolvimento em muitos aspectos, como é exemplo o fato de ter grande parte do seu território atendido por empresas e autarquias que viabilizam a prestação de serviços centralmente com base em arrecadação de tarifas. Temos muita coisa para mostrar, e também muito a aprender com outras experiências.
Portal ABES – Como você vê o papel do setor de saneamento nas discussões e quais serão os benefícios para os profissionais do setor que participarem?
Alceu – O setor de saneamento, de todos os usos da água é o que trata mais diretamente da vida das pessoas, e por isso atrai muita atenção e participação em eventos como esse, que, é importante que se diga, não é apenas um encontro técnico. Ele é aberto a toda a sociedade dos países de todas as partes do mundo, com a participação de ONGs de todo tipo que tenham alguma relação com o tema água, assim como de dirigentes e representantes dos poderes executivos, legislativos e judiciários, membros de universidades, de associações profissionais, de empresas.
Como eu falei há pouco, o setor de saneamento brasileiro tem muito a mostrar e a conhecer do que se faz hoje em todo o mundo. Para os profissionais brasileiros será uma oportunidade única, pela facilidade de estar acontecendo aqui.
Portal ABES – A ABES tem atuado intensamente na construção da programação do Fórum. Como tem sido este trabalho e sua participação, como um dos quatro brasileiros que integram o Comitê Temático do Fórum?
Alceu – A ABES é membro do Conselho Mundial da Água, e participa ativamente da Seção Brasil do Conselho. O Fórum é organizado por um Comitê de Direção e por comissões responsáveis pelos processos. Todas essas estruturas são compostas por igual número de participantes internacionais e do país sede. Estou representando a ABES na Comissão Temática, como um dos quatro brasileiros. Essa comissão tem a missão de organizar o processo de definição das sessões, com base em uma estrutura de nove temas, os quais, por seu turno são divididos em tópicos. É um processo participativo, com entidades de todo o mundo compondo grupos de coordenação para cada tema, tópico e sessão. A ABES também participa da coordenação do tema URBAN, por intermédio do Carlos Rosito, e do tópico SANITATION, com a Marisa Guimarães. Estamos também participando da coordenação de quatro sessões.
Portal ABES – De que maneira o Fórum deve impactar, em sua opinião, as questões relacionadas à água no Brasil? Você acredita que o evento intensificará a participação da sociedade brasileira no debate?
Alceu – O Fórum vem sendo discutido em vários eventos preparatórios. O 29º Congresso da ABES – FENASAN foi um deles, incluindo uma sessão especificamente dedicada a ele. Na reta final até a data do Fórum em março a discussão irá se intensificar. Na área do Fórum haverá um grande espaço para o chamado Processo Cidadão, voltado para entidades da sociedade civil, que deverá concentrar muitas atividades de organizações brasileiras e visitantes. Certamente a cobertura de mídia será significativa. Tudo levará a uma grande repercussão, em um ano em que termos eleições gerais. Acho que o saldo de mobilização e participação será grande.
Portal ABES – O que o evento espera alcançar e relação ao compromisso de países, organizações e pessoas em relação as questões da água?
Alceu – As edições do Fórum têm a preocupação de produzir resultados, e de gerar processos continuados, que liguem uma edição com a seguinte, de modo a apoiar os esforços de evolução e melhoria em todo o mundo.
Nesta edição há um elemento novo, gerado posteriormente ao Fórum da Coréia em 2015, que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pelas Nações Unidas. Os resultados e processos que estão sendo discutidos como legado do 8º Fórum certamente estarão ligados aos processos de busca dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU).
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