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Liderança feminina: mulheres destacam-se na gestão de seções estaduais da ABES

São nove seções lideradas por elas nas gestões atuais. As novas eleições, marcadas para os dias 16, 17 e 17 de junho de 2021, trazem 13 candidatas. Um exemplo notável é o da ABES-ES, que além de ser presidida por mulheres há 24 anos, tem sua diretoria atual composta por onze profissionais femininas. Destacam-se ainda as diretoras nacionais da ABES.

Por Clara Zaim, Jéssica Marques e Rayana Araújo

“Percebe-se em todas as mulheres o engajamento pelo saneamento no nossos país e o desejo de ver toda a população com acesso aos serviços básicos de saneamento”. A declaração é de Edumar Ramos Cabral Coelho atual presidente da Seção Espírito Santo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES-ES sobre a liderança feminina frente à Associação no estado. A ABES-ES tem sido comandada por mulheres desde o ano de 1997. E todas as presidentes eleitas terminaram seus mandatos.

Para Edumar, é importante pontuar a força dessas mulheres, que possuem o desafio de conciliar trabalho, gerenciamento doméstico e o voluntariado na ABES, que completa nesta terça-feira, 15 de junho, 55 anos de atuação pelo saneamento.

Além dela, outras dez mulheres compõem a diretoria da seção (entre 13 membros), que será renovada após as eleições estaduais marcadas para dos dias 16,17 e 18 de junho. E seguindo o histórico de líderes femininas, mais uma vez a ABES-ES apresenta uma candidata à presidência para a gestã0 2021-2023: Nadja Lima Gorza, atual vice.

Sobre a seção do Espírito Santo, a atual presidente da Seção afirma que se tem conseguido, ao longo desses anos, ter uma posição atuante no estado com participação em colegiados diversos na área de saneamento e meio ambiente. “A ABES-ES tem contribuído com a capacitação, através de cursos que atendem profissionais do saneamento dos níveis médio e superior”, afirma. “Acreditamos que ainda temos muito a fazer pelo saneamento do nosso estado e queremos conclamar que outras e outros juntem-se a nós para que tenhamos um país com saneamento para toda a população com integralidade e justiça”, enfatiza Edumar.

As outras mulheres na diretoria da ABES-ES são:

Márcia Maria P. Alves de Azevedo (tesoureira), Priscilla Basílio C. B. Trindade (secretária), Barbara Siqueira Miguel Martins (diretora de Imagem e Comunicação), Talita Aparecida Pletsch (diretora de Saneamento e Meio Ambiente), Maria Cláudia Lima Couto (diretora de Resíduos Sólidos), Andressa Modolo Serafim, Mônica Maria Perim de Almeida e Tamara Barbosa Passos (conselheiras fiscal estadual), e Maria Alice Mochel Piccolo (conselheira Consultiva).

Mais presença feminina na ABES

Destacam-se ainda na Diretoria Nacional da ABES: Maria Lucia Coelho e Silva (tesoureira geral), Célia Rennó (diretora para Região Sudeste) e Vanessa Britto (diretora para a Região Nordeste). 

As outras oito seções da ABES presididas por profissionais mulheres são Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina

Confira a seguir os depoimentos das presidentes sobre a importante presença feminina na liderança destas seções da ABES e no setor de saneamento. 

“A presença feminina, não só na ABES como em qualquer associação, tem um destaque muito grande em função de a mulher ter uma sensibilidade e percepção além dos horizontes. A mulher sente e vê as coisas diferentemente do homem. Isso é bom porque um ajuda o outro nos entendimentos. Isso não quer dizer que tudo sejam flores. A gestão da mulher nisso tudo começa pela água. A mulher que gera dentro do seu ventre as pessoas em uma bolsa de água. Isso está muito intrínseco a ela enquanto pessoa. Estou falando agora como consultora, mas eu já passei por órgãos estaduais, municipais, e, falando como dirigente de órgãos, é pesado. A gente não tem que ser só gestora, mas mostrar a todos os homens que nos rodeiam que nós somos competentes. Temos que ter provas a mais, mas isso para mim nunca foi impedimento. Eu venho de uma família feminina, tenho seis irmãs, todas mulheres. A gente sempre lutou pelo nosso espaço, de forma muito maior do que o natural. Principalmente aqui no Nordeste, com os costumes mais dentro da questão masculina, mas sem estresse. Sou casada há 42 anos, sou engenheira, tenho a mesma profissão que meu marido e a gente nunca se sentiu disputando para ocupar os espaços. Desde que a gente é competente, os espaços aparecem no tempo devido”. Ana Catarina Pires de Azevedo Lopes, presidente da ABES-AL.

“Fiquei 4 anos à frente da ABES-GO e posso dizer que, apesar de se tratar de um trabalho voluntário, deve ser encarado com muita seriedade e resiliência. Durante esse período, enfrentei alguns desafios, que me exigiram disciplina, criatividade, estratégias e poder de negociação. Sabemos que se trata de uma instituição democrática, temos que ouvir antes de tomarmos decisões. Diante de ideias e personalidades tão diversas, torna-se desafiador conciliá-las, manter o foco na missão da ABES e não permitir que os associados se dispersem. A mulher profissional possui características importantes, como as citadas, para dirigir uma entidade complexa, com finalidade tão nobre, como o desenvolvimento do saneamento em nosso país, a qual para atingir essa meta principal, deve lançar mão de ações institucionais e de capacitação tecnológica.” Marisa Pignataro de Sant’anna, presidente da ABES-GO.

“Com mais frequência temos visto mulheres em cargos de gestão, e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Seção Pará, é um exemplo disso, visto que já tivemos duas outras presidentes mulheres e estamos seguindo para o segundo mandato nesta gestão. Na atual gestão da ABES-PA, contamos ainda com mais 3 mulheres na diretoria, além da presidente.  Isto possibilitou uma nova perspectiva quanto ao planejamento e as necessidades da Seção, que ocorreu de forma natural, devido à expertise das mulheres em seus ambientes de trabalho e familiar, onde estão mais próximas da gestão direta. O principal desafio ao ser presidente de uma Seção da ABES é conciliar o tempo entre o trabalho, a família e a gestão da Seção de modo que não haja perda de qualidade em nenhum dos setores. Neste caso, me julgo uma pessoa muito sortuda, pois tenho um excelente esposo, que sempre me apoiou e me incentivou em minhas realizações profissionais, isto, junto com uma equipe comprometida é o que garante o sucesso desta gestão, que é evidenciada pela permanência da maioria dos membros para o novo biênio, e quando fazemos o que amamos fica tudo sempre mais leve.” Vanessa Souza Alvares de Mello, presidente da ABES-PA.

As mulheres desempenham com maestria as suas atividades profissionais nas mais diversas atribuições, o que torna relevante a sua participação na gestão da ABES. Habilidosas e detentoras de importantes contribuições técnicas, são suporte para o desempenho da Engenharia Sanitária e Ambiental. Conciliar as atividades da ABES, a rotina profissional e familiar é o grande desafio que enfrentamos, porém quando existe o espírito de equipe, onde todas (os) colaboram, o objetivo almejado é conquistado.” Rosidelma Francisca Guimarães Santos, presidente da ABES-MT.

“Não vejo muita diferença no papel que a mulher exerce nas seções estaduais da ABES do que exerce em outras instituições. Qualquer que seja a sua área de atuação, sempre haverá além do olhar mais atento, mais cuidadoso, mais organizado, um dinamismo e uma participação ativa inerente às mulheres. A diferença é que no princípio havia áreas em que a mulher não tinha espaço. Hoje isso não é tão frequente. A sua presença hoje é bem mais forte. Os espaços que vêm ocupando demonstram isso. Na área da engenharia, principalmente. A mulher desde os tempos mais longínquos sempre teve dupla jornada: porque sempre trabalhou em casa e fora de casa. Mas não enxergo apenas duas jornadas, e sim, múltiplas jornadas em tudo o que faz, independentemente de onde esteja atuando. Isto porque a mulher não entrou no mercado apenas para competir, mas para contribuir, aprimorar, transformar, enfim, multiplicar os resultados em tudo que participa e certamente, com êxito!  Na minha visão, este é o papel da mulher onde estiver profissionalmente!” Maria Geny Formiga, presidente da ABES RN.

Jussara
Andreia

 As mulheres da ABES garantem dinamismo e diversidade na associação, além de   trazer um toque de sensibilidade a temas ‘duros’.” Jussara Kalil, presidente ABES-   RS.

 “Acho que a participação feminina é fundamental devido à determinação e à forma   agregadora que as mulheres possuem para atuar em grupos. A capacidade de   ouvir  também é muito importante, contribui para a disseminação de diferentes pontos de vista e consequentemente de uma gama variada de estratégias de atuação.”, Andreia May, presidente da ABES-SC.

Eleições biênio 2021-2023 

Neste mês de junho, ocorrem as eleições das Seções Estaduais da ABES, para o biênio 2021-203. E a presença feminina também está presente neste processo, em que há 13 candidatas mulheres com o interesse em presidir as seções nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Amazonas, Pará e São Paulo/Subseção Litoral Paulista.

Confira os nomes das candidatas:

ABES-AM: Etianne Braga

ABES-CE: Suellen Galvão Moraes

ABES-ES: Nadja Lima Gorza

ABES-GO: Doralice Barros de Almeida

ABES-MG: Flávia Mourão Parreira do Amaral

ABES-MT: Rosidelma Francisca Guimarães Santos

ABES-RN: Maria Wagna de Araújo Dantas

ABES-PA: Vanessa Souza Alvares de Melo

ABES-PR: Selma Aparecida Cubas

ABES RS: Ana Elizabeth Carara

ABES-SC: Andreia May

ABES-SE: Isabel Cristina pereira Alves

ABES-SP – Subseção LITORAL PAULISTA / SP: Olívia Pompeu de Mendonça Coelho

 

 

 

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