Inspire-se com a história de Anna Luisa Beserra, de 22 anos, primeira vencedora do Prêmio Jovens Campeões da Terra, principal premiação ambiental das Nações Unidas para jovens entre 18 e 30 anos. Ela conta a sua trajetória de estudos até a conquista da premiação que foi responsável pelo grande desenvolvimento da sua carreira profissional.
Aos 15 anos, ela participou do Prêmio Jovem Cientista do CNPQ (2013). Na ocasião, a seca no semiárido brasileiro era um problema e por viver tão próxima dessa realidade encontrou motivação para tentar solucionar a questão. “Comecei a pesquisar sobre o tema e tentar achar soluções que fossem viáveis para aplicar na região. Achei o SODIS (Solar Water Disinfecion) uma metodologia que utiliza a radiação solar para matar os microrganismos presentes na água através de exposição das garrafas PETs ao Sol. Vi que era uma metodologia fantástica, mas que não era muito difundida”, explica.
O Aqualuz, projeto de sua autoria, surgiu com estudos aprofundados sobre as limitações técnicas dessa metodologia. O fato da exposição ser de 6h a 48h, sem que a pessoa consiga saber quando a água estará pronta para o consumo, e o fato da garrafa PET eliminar substâncias tóxicas na água. A partir disso, Anna Luisa começou a focar nessas limitações em uma tecnologia que fosse facilmente adaptável, durável e de baixo custo, levando a independência do acesso à água. Ela não ganhou o Prêmio CNPQ, mas continuou com os estudos sobre a tecnologia e foi a grande vencedora do Prêmio Jovens Campeões da Terra da ONU, em 2019, com o Projeto Aqualuz.
Para Anna, a premiação trouxe muito orgulho, reconhecimento, credibilidade e abriu muitas portas para a sua carreira.
“É o prêmio que mais me orgulho até hoje de ter ganhado, sendo não só a primeira brasileira, mas também nordestina, baiana e mulher! Ter o selo da ONU faz com que eu me torne uma autoridade no assunto, e o projeto recebe mais credibilidade. Muitas portas foram abertas, queremos focar no Brasil, e atingir as mais de 1 milhão de famílias que vivem sem acesso à água potável. Outra pretensão é levar o Aqualuz para outros continentes e beneficiar o mundo inteiro”, salienta.
A cientista deixa uma mensagem de incentivo aos jovens brasileiros para que participem do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo (Stockholm Junior Water Prize – SJWP), que reúne empreendedores entre 15 e 20 anos de todo o mundo, para solucionarem desafios relacionados à água e sustentabilidade.
Sobre o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo
O Prêmio Jovem da Água de Estocolmo (Stockholm Junior Water Prize – SJWP) reúne jovens inovadores entre 15 e 20 anos de todo o mundo, encorajando seu interesse em desafios relacionados à água e sustentabilidade. Criado em 1997 pelo SIWI – Instituto Internacional de águas de Estocolmo (Stockholm International Water Institute), o prêmio é organizado anualmente em duas etapas: uma nacional, realizada em cada um dos países participantes, e uma internacional, na qual ocorre a grande final. as inscrições para envio de trabalhos vão até 22 de março. Acesse aqui.
O SJWP conta com a participação de milhares de jovens de mais de 30 países. A etapa internacional ocorre em Estocolmo na Suécia, durante a Semana Mundial da Água de Estocolmo (Stockholm World Water Week).
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