“Rotas tecnológicas” é tema de painel no 14º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos

Discussão realizada nesta quinta-feira (18) trata sobre alternativas tecnológicas para aproveitamento de resíduos.

Murillo Campos 

Especialistas se reuniram nesta quinta-feira, 18 de março, para falar sobre o tema “Rotas Tecnológicas” em painel do 14° Seminário Nacional de Resíduos Sólidos | 1º Painel Internacional de Resíduos Sólido, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, por meio de sua Câmara Temática de Resíduos Sólidos.

O evento contou com a presença de José Fernando Jucá, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Mario Russo, coordenador do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, de Portugal; Raphael Tobias de Vasconcelos Barros, professor associado junto ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG; Maeli Estrela Borges, professora e consultora em Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos; e, Patrícia Iglecias, diretora-presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB.

Com moderação de Geraldo Antônio Reichert, membro da Câmara Temática Nacional de Resíduos Sólidos da ABES, os convidados abordaram alternativas tecnológicas para reciclagem, aproveitamento energético de materiais e o panorama de resíduos urbanos e de serviços de saúde.

José Fernando Jucá ministrou a palestra sobre “Tecnologias de reciclagem e de disposição final”: “Na prática, temos que aumentar a coleta seletiva para gerar mais empregos ou colocar unidades de triagem dentro dos sistemas convencionais de coleta”, comentou. Confira a entrevista com o especialista. 

Em seguida, Mario Russo falou sobre a importância da valorização energética de resíduos: “Todos eles têm carbono, hidrogênio e oxigênio e todas as atividades da nossa sociedade produzem resíduos (…) Assim, é preciso estudar e aprofundar cada alternativa energética e realizar uma boa avaliação de risco”, considerou. 

Já Raphael Barros abordou as tecnologias aplicáveis em resíduos orgânicos. “Gostaria que pudéssemos com profissionais da área retomar de maneira articulada a recuperação da importância da compostagem numa escala doméstica. Temos parte da solução na nossa casa, por que não valorizamos isso?”, refletiu.

Maeli Estrela Borges, por sua vez, contextualizou o cenário atual dos resíduos nos serviços de saúde. “A partir dos planos de gerenciamento e gestão de resíduos, os órgãos ambientais passaram a registrar informações sobre os resíduos de saúde por município e a fazer uma fiscalização mais efetiva sobre os sistemas ofertantes de serviços e tecnologias para maior garantia do estabelecimento dos serviços de saúde”, explicou.

Ao fim, Patrícia Iglecias comentou as ações referentes às rotas tecnológicas para resíduos sólidos urbanos em São Paulo. “Estamos avançando no monitoramento e acompanhamento dos resíduos no estado, embora ainda haja desafios (…) Buscamos projetos junto à academia, pois, a meu ver, a academia precisa estar atenta e trabalhar tanto na parte teórica quanto para resolver problemas práticos. Com isso, poderemos avançar na competividade desse setor, trazendo stakeholders e interessados para atuarem no tema”, afirmou.

A programação do seminário segue até esta sexta-feira, 19 de março, com o Painel Especial ABES-ANA, que vai falar sobre as experiências municipais em cobrança pelos serviços de coleta e tratamento de resíduos sólidos urbanos. No evento, serão conhecidos também os vencedores do Desafio Startups do Saneamento com Foco em Resíduos Sólidos. Para participar do painel, faça sua inscrição gratuita aqui. 

O 14º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos | 1º Painel Internacional de Resíduos Sólidos tem patrocínio da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Superintendência de Limpeza Urbana – SLU – Belo Horizonte, SINDILURB, Vina, Cisab, Localix e Argos.