Últimas Notícias

Sucesso de público, Seminário Internacional de Métodos Não Destrutivos reúne especialistas brasileiros e internacionais e pode ganhar segunda edição

da esq. para a dir.): Paulo Dequech, ex-presidente da ABRATT; Prof. Dr. Samuel T. Ariaratnam, da Universidade Estadual do Arizona; Sérgio Palazzo, diretor da ABRATT e coordenador do evento pela entidade; Prof. Dr. Mohammad Najafi, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Texas em Arlington; Luiz Roberto Gravina Pladevall, diretor da ABES-SP, presidente da APECS e coordenador do seminário pela ABES-SP; Alceu Guérios Bittencourt, presidente da ABES-SP; Hélio Rosas e Liberal Ramos, presidente e diretor financeiro da ABRATT, respectivamente.

Com auditório lotado e sucesso de organização, a ABES-SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção São Paulo) e a ABRATT (Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva) promoveram, na última quinta-feira, dia 16 de junho, o Seminário Internacional de Métodos Não Destrutivos, com presenças do Prof. Dr. Mohammad Najafi, da Universidade do Texas em Arlington, e doProfessores Doutores Samuel Ariaratnam e David Grau, da Universidade do Arizona.

O evento, que lotou o auditório do Instituto de Engenhariaem São Paulo, promoveu ainda o lançamento e sessão de autógrafos do livro do Prof. Najafi“Tecnologia Não Destrutiva – Planejamento, Equipamentos e Métodos”, a primeira literatura sobre o tema em língua portuguesa, viabilizada e coordenada pela ABES-SP. Esta foi mais uma iniciativa pioneira da ABES em sua missão de disseminar o conhecimento e qualificar os profissionais do setor de saneamento e meio ambiente.

Assistindo a palestras dos convidados internacionais (David Grau deixou sua palestra gravada, pois teve que retornar aos Estados Unidos por compromissos já agendados) e de brasileiros, o público presente pode conhecer a realidade das universidades americanas e sua relação com os métodos não destrutivos, refletir sobre o cenário do MND no Brasil e conhecer casos de sucesso do país e do exterior.

palestrantes
(da esq. para a dir.) Prof. Dr. Samuel T. Ariaratnam; Prof. Dr. Mohammad Najafi; Sérgio Palazzo; Alceu Guérios Bittencourt, Hélio Rosas e Liberal Ramos e Luiz Roberto Gravina Pladevall

“A ABES tem a tradição de contribuir com a divulgação técnico-científica e para nós está sendo muito importante termos conseguido esse esforço da produção desta obra [livro sobre MND]. No nosso setor cada vez mais dependemos de obras em áreas congestionadas – nos centros das grandes cidades. Métodos não destrutivos têm sido de crescente importância e devem continuar a ser para o setor de saneamento e entidades como a ABES. É muito importante estar contribuindo para esse assunto de tanta relevância no dia a dia do desenvolvimento do nosso setor. Ficamos muito satisfeitos de termos chegado a esse ponto. O nosso evento teve uma adesão muito grande, esgotou todas as inscrições e mostra que há espaço e demanda para iniciativas como esta”, ressaltou na abertura Alceu Guérios Bittencourt, presidente da ABES-SPO sucesso foi tanto que a ABES-SP já pensa em uma segunda edição.Nós já estamos conversando sobre, a partir dos resultados desse trabalho, começar a pensar em uma segunda experiência semelhante, um segundo livro. Esta ideia foi colocada pelo nosso diretor Luiz Gravina Roberto Pladevall, que foi essencial neste esforço dentro da entidade. Temos hoje uma condição excepcional de ter o professor Mohammad para conduzir o dia de trabalho, além do livro. É uma experiência singular.”

Luiz Roberto Gravina Pladevall, diretor da ABES-SP, coordenador do evento pela entidade e presidente da APECS, saudou o êxito do seminário.“O evento foi um sucesso. A presença dos inscritos foi maciça e as apresentações mostram o avanço deste tema nas universidades americanas. Existem quatro ou cinco centros onde estão muito desenvolvidos os estudos”. O engenheiro lamentou, porém, que a academia brasileira ainda não tenha mergulhado no assunto. “Infelizmente, no Brasil não temos nenhuma universidade que esteja aplicando energia para desenvolver isso. O próximo desafio do tema é tentar sensibilizar as universidades para que adotem estudos e comecem a ter banco de informações e dados deste tipo de soluções para métodos não destrutivos.”

mohamed
O Prof Mohammad Najafi, durante o lançamento seu livro “Tecnologia não Destrutiva – Planejamento, equipamentos e métodos”, que ocorreu no evento

Para o Professor Mohammad Najafio Brasil, ainda que novo no tema, está mais avançado que muitos países. “Foi uma grande ideia traduzir este livro. Sei que foi um esforço muito grande, de mais de dois anos. E o evento foi excelente, com um público interessado, que fez perguntas muito interessantes.Eu vejo os métodos não destrutivos sendo bem sucedidos no Brasil num futuro próximo. Esta tecnologia está sendo aplicada em todo o mundo e o Brasil está mais avançado do que muitos países. E vocês têm um líder neste tema, que é o Sérgio Palazzo (da ABRATT). Nós precisamos de bons líderes para que essa tecnologia seja bem sucedida e o conhecimento seja disseminado”, ponderou.

Sergio Palazzo contou que “foi abraçado por esse sonhoA conclusão de parte desse trabalho é de muita importância para o país. Esta é a primeira obra literária para o setor na nossa língua e que fazia falta aos projetistas, aos proprietários de redes que gostariam de ter uma literatura com uma opinião mais imparcial a respeito da aplicação dos métodos não destrutivos. O Brasil é carente de detalhamento de projetos e quem sabe essa seja uma oportunidade para mudarmos esse conceito. A Sabesp introduziu, recentemente, diretrizes bastantes técnicas para a elaboração de projetos em MND, assim como a Petrobrás. Espero que outros proprietários de redes se juntem a este tipo de procedimento.”

sam
O Prof. Dr. Samuel Ariariatnam em sua apresentação

Samuel Ariariatnam lembrou o complicado momento econômico do Brasil, mas declarou-se otimista quando à superação deste e à ampliação da tecnologia não destrutiva.  “É bom ver que os brasileiros, de diferentes setores, estão muito interessados nos métodos não destrutivos e na promoção deles e eu espero que o interessecontinue crescendo. Eu sei  que o país atravessa um momento econômico difícil, mas as tecnologias não destrutivas podem realmente ajudar também na economia. Estou muito otimista em relação ao Brasil, eu estou envolvido com esta sociedade há muitos anos, tivemos um evento internacional bem sucedido em 2012, o primeiro na América do Sul, e eu vejo que o Brasil terá outro desses grandes eventos no futuro.”

presidente da ABRATTHélio Rosasdestacou a importância da parceria entre as universidades e o setor. “As palestras desse seminário são muito ricas e algumas até inéditas nos país, nas quais os participantes aprofundaramconhecimentos técnicos em várias tecnologias. E também conheceram como os Estados Unidos tratam o MND nas universidades, que é o começo de tudo e que nós ainda não fazemos aqui no Brasil.”

A ABRATT, como explicou Rosas, surgiu em 1999, com o objetivo de fomentar, desenvolver e promover as técnicas não destrutivas pelo país. No mundo são 20 associações de MND e a ABRATT é uma delas. “Há parcerias com a universidade de São Paulo e de São Carlos, promovendo cursos e treinamentos, e com a ABES – estamos promovendo em conjunto programas de qualificação e certificação de empresas na área de métodos não destrutivos.

E como ressaltou Hélio, com iniciativas como esta, o MND avançará cada vez mais. “O evento marcou uma data histórica para o MND no Brasil. Tivemos a presença de técnicos, administradores e autoridades que vieram aqui com o objetivo de conhecer mais a tecnologia com especialistas nacionais e internacionais.Posso dizer com total segurança que foi um sucesso, porque o MND hoje no país é uma tecnologia que está avançando muito e, por isso, há uma demanda muito grande para se aplicar. Agradeço a todos que contribuíram para o sucesso dele no país e desse seminário. Esse é o caminho: desenvolver o MND, que traz muitos ganhos para todos.”

Participantes ressaltam importância do tema

O tema é muito importante, porque é tecnologia nova de profundidade que vem pra elucidar e ensinar aos engenheiros os cuidados com que devem ser feitas quaisquer ações subterrâneas. Todo esse sistema é de uma importância vital, essa mocidade precisa levar em consideração o que os mais velhos falam. A nossa função aqui é transmitir para a nova geração as possibilidade de uso da engenharia com técnica. Isso que estamos aprendendo aqui faz parte desse ensinamento para a juventude.” Camil Eidpresidente do Instituto de Engenharia

“O encontro é de extrema importância para disseminar o conhecimento sobre essa nova tecnologia (não tão nova), mas que, para nós, no Brasil, é novidade, e conseguir conciliar o conhecimento com a prática – os profissionais já têm bastante experiência nos vários métodos utilizados e isso vai nos ajudar bastante, inclusive no Nordeste, que está bem incipiente o uso dessas tecnologias. Vamos conseguir ter uma noção bem mais apurada dos métodos a escolher nas soluções que a engenharia nos propõe.” Luciano da Nobrega Pereira, presidente da ABES-PB

“Um evento de extrema importância o Brasil, que tem que avançar e adotar muito essas práticas. Em São Caetano do Sul, passamos a usaro método na gestão 2013-2016 e já temos execução dele no sistema de drenagem, água e esgoto. Também temos em curso uma licitação para projetos. Porque para esses métodos é muito importante termos projetos executivos bem feitos antes para que não tenhamos surpresas na execução da obra para que esta seja feita com qualidade. A ABES e toda a organização do evento estão de parabéns. O Brasil tem de avançar na utilização do método e, principalmente, em São Caetanos do Sul, uma cidade no coração do aglomerado urbano, em questão de mobilidade.” Osmar Silva Filho, Superintendente do Departamento de Água e Esgoto – DAE de São Caetano do Sul (região do ABCD Paulista)

“Parabéns à ABES, à ABRATT e à toda a equipe envolvida na direção do evento. Faz muito tempo que estou sonhando com isso. Acho extremamente importante criarmos esse fórum de debate, ter material didático como será disponibilizado agora [o livro], trazer os profissionais de fora, mostrar que o que acontece lá é igual ao que acontece aqui, que temos os mesmos tipos de problemas e juntos podemos trazer benefícios mútuos. Esse é o grande motivo desse encontro para dar uma visão melhor do que são as tecnologias de MND.” Silvio Leifer,Superintendente de Gestão de Empreendimentos da Sabesp

“A iniciativa da ABES-SP é extremamente importante e oportuna. O MND ainda é uma tecnologia relativamente nova e pouco difundida no Brasil – é mais concentrada realmente aqui em São Paulo, principalmente, em função dos metrôs. Mas para empresas de saneamento essa é uma técnica bastante interessante, que deve ser contemplada e avaliada na elaboração dos projetos, das propostas de ampliação do sistema de esgotamento sanitário restauração de rede. Hoje o trânsito está cada vez mais intenso e é mais complicado interromper ruas e avenidas para intervir com os métodos convencionais, então as tecnologias de MND se apresentam como uma alternativa tecnológica construtiva bastante interessante. A CAERN está com um programa de expansão do sistema de esgotamento sanitário de Natal e pretende atingir 100%. E essa pode ser uma alternativa para impactarmos o menos possível. Acho oportuno esse esforço que a ABESfez em traduzir o livro, uma grande oportunidade e satisfação. Claro que não vamos sair daqui sabendo tudo, mas isso abre os horizontes, as perspectivas e possibilidade para nos aprofundar no assunto.” Josildo Lourenço dos Santos, engenheiro civil, gerente de Inovação Tecnológica e Controle de Perdas da CAERN (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte)

“É um prazer participar desse evento. Para mim, o ponto mais importante, no que diz respeito à minha área, é sobre a elaboração de projetos executivos, bem feitos, além da investigação de subsolos e mitigação de riscos.” Isabel Cristina parreira Oshiro, engenheira da área de auditoria da Sabesp

“Para nós, da superintendência de esgoto, o evento é muito importante em relação à renovação e reabilitação dos nossos coletores e receptores. Vamos ter mais clareza sobre o tipo de tecnologia que poderemos usar para reabilitar as redes. Esta é a maior contribuição. Também vamos ter mais clareza no acompanhamento das obras que a outra diretoria que aplica.” Gabriel Minuri Cavalcante Oshiro, engenheiro da Sabesp, que atua na superintendência de tratamento de esgoto 

“Estou avaliando algumas tecnologias. E vim para o evento sem saber exatamente o que esperar. Me surpreendi pelo nível de excelência, pela qualidade dos palestrantes, pela organização e pela quantidade de pessoas. Achei que estaria vazio e está lotado. Estou muito contente por ter vindo. Valeu a pena. Nós já usamos um pouco osmétodos não destrutivos em um processo de construção do Emissário Submarino de Salvador e estou conhecendo um pouco mais sobre o método para pensar em outros projetos para o Nordeste.” Alaíde Barbosa Martins, diretora de contratos da área de operação de sistema para tratamento de esgotos da Odebrecht Ambiental, da Bahia

“Foi muito produtivo, o pessoal tem muita experiência. É um assunto que todos nós (da área) precisamos, ainda mais em São Paulo, onde é difícil fazer obras a céu aberto.” Ademir Guimarães, 64, consultor na área de Engenharia

“Era uma coisa da área que faltava para nós (discutir). Esse seminário apresentando o livro, como apresentando esses temas, foi de extrema importância.” Marcia Nunes, engenheira da Sabesp

A parte mais interessante é de HDD que é o método que pode solucionar as dificuldades para fazer algumas obras e os projetos da área em que trabalho”. Angela de Freitas, engenheira da Sabesp

“O seminário é importante para nós que trabalhamos na área de interceptação, coletores e preceptores da Sabesp. Temos dificuldades, com colapso de tubulação, as inovações apresentadas são muito boas para essa questão, já estamos utilizando o método nas obras. Encontramos problemas com o trânsito em si com as novas tubulações. Tomar conhecimento das novas tecnologias pode evitar transtornos com os moradores e a própria comunidade como um todo”. Juliana Marques, técnica de edificações da Sabesp

“O seminário é muito bom, vejo muitos profissionais da SABESP aqui, é mais um passo para a inovação e a utilização de um método construtivo melhor desde a implantação até a operação da obra”. Aline Vieira, engenheira da Sabesp

“O seminário é muito importante porque apresenta um método que não está muito difundido, é uma maneira de conhecer melhor a parte internacional e implantar em nossa empresa”. Luciana Menezes,  engenheira do SAEE Guarulhos

“O seminário é muito importante, a Vermeer é a maior fabricante de equipamentos de perfuração direcional  do mundo e qualquer evento que divulgue a tecnologia ou converse sobre método não destrutivo é interessante”.  Flávio Leite, administrador de empresa, Vermeer

“O evento é importante para esclarecer os processos e métodos não destrutivos, esse conhecimento é válido, pois ajuda no dia a dia dos serviços que encontramos dificuldades e principalmente das técnicas. As ações são necessárias para a recuperação das redes, das adutoras e diminuição das perdas’’.  Roberto Abranches, engenheiro, analista de sistema de saneamento da Sabesp

“O seminário é importante para mostrar o que está acontecendo no mundo e comparar com o que estamos vivendo aqui’’. Caroline Carvalho, engenheira civil da Sabesp

Colóquio O uso de Métodos não Destrutivos na Construção de Redes Subterrâneas

A ABES-SP e a ABRATT realizaram, no dia 15 de junho, às 10h, o Colóquio O uso de Métodos não Destrutivos na Construção de Redes Subterrâneas

O encontro reuniu os três convidados que vieram ao Brasil para o Seminário Internacional de Métodos não Destrutivos: o Prof. Dr. Mohammad Najafi, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Texas em Arlington, um dos maiores especialistas do mundo em métodos não destrutivos e autor do livro “Tecnologia não destrutiva: tecnologia, planejamento e métodos”; e os Professores Doutores Samuel T. Ariaratnam e David Grau, ambos da Universidade Estadual do Arizona – e acadêmicos brasileiros.

Clique aqui para assistir ao colóquio.

11 Comentários em Sucesso de público, Seminário Internacional de Métodos Não Destrutivos reúne especialistas brasileiros e internacionais e pode ganhar segunda edição

  1. Bom-dia!
    Iniciativa de total sucesso em sintonia com o que deve ser incentivado para o Brasil se desenvolver cada vez mais.
    Parabéns a todos!!!
    Agora, é prosseguir com ações que possibilitem fortalecer o conhecimento e a aplicação dessa técnica nos meios acadêmicos e profissionais.

Dicas, comentários e sugestões

Seu e-mail não será publicado.