Último debate do segundo dia contou com a participação de importantes nomes do setor do Brasil e de Portugal. Além de palestras, o evento conta com apresentações de trabalhos técnicos, utilizando tecnologias virtuais de interação e participação.
Por Equipe de Comunicação ABES
Nesta quinta-feira, 26 de agosto, segundo dia do 19° Silubesa – Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, foi realizado um painel para debater o “Monitoramento do SARS-CoV-2 em sistemas de esgotamento sanitário”, que contou com especialistas renomados do setor do Brasil e de Portugal.
O Simpósio é promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – ABES, em parceria com a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos – APRH, e a Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental – APESB. Esta edição do evento acontece online até esta sexta (27), com painel de encerramento aberto ao público e transmissão pelo canal da ABES no YouTube (acesse aqui).
Com moderação de Gustavo Rafael Collere Possetti, coordenador da Câmara Temática de Tratamento de Esgotos da ABES, o painel contou com as palestras de Pedro Álvaro, diretor de Operações da Águas do Tejo Atlântico, Membro do Conselho Diretivo da APESB; Carlos Alberto Perdigão Pessoa, especialista na Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Lourdinha Florêncio, Professora Titular, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UFPE; Miguel Alvarenga Fernández y Fernández, presidente da ABES-RJ; e Carlos Augusto de Lemos Chernicharo, coordenador do INCT ETEs Sustentáveis/UFMG.
Na ocasião, Carlos Alberto Perdigão Pessoa apresentou o processo de expansão do Projeto Piloto denominado “Monitoramento Projeto Covid Esgoto”, coordenado pela ANA, em parceria com INCT ETEs Sustentáveis, e apoio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O projeto piloto foi introduzido em Belo Horizonte. Pontuou o histórico, formulação e monitoramento do projeto, assim como os resultados obtidos com este projeto piloto. Dentre eles, está a criação de uma rede de monitoramento que se expandiu para outras cinco capitais do país.
O professor Carlos Chernicharo continuou apresentando o projeto introduzido por Carlos Alberto Perdigão, explicando como está a estruturação da Rede de Monitoramento Covid Esgotos, criada a partir do Projeto Piloto de monitoramento. Pontuou o organograma do projeto, que já está em seis capitais: Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife, e quais são os planos de monitoramento regionais.
Lourdinha Florêncio, por sua vez, trouxe os resultados obtidos com a implantação da Rede de Monitoramento Covid Esgotos em Recife (PE). Pontuou, ainda, as etapas, os arranjos institucionais, e os desafios do projeto.
Miguel Alvarenga Fernández y Fernández apresentou a palestra “SARS-CoV-2 no esgoto do Rio de Janeiro-RJ: do planejamento até os alertas precoces”. No Rio, o projeto se chama Monitora Corona RJ. O palestrante pontuou os arranjos necessários pra conseguir dar o andamento necessário ao projeto.
Pedro Álvaro apresentou como ocorre o processo de monitoramento em Portugal, com a palestra “COVIDETECT – Detecção, quantificação e modelação de SARS-CoV-2 em águas residuais como ferramenta de alerta precoce para a disseminação do vírus na população”.
Ao final do evento, o moderador Gustavo Possetti fez um balanço sobre o painel. “A epidemiologia baseada nos esgotos é uma ferramenta emergente com potencial para complementar o sistema de vigilância de doenças infecciosa como a Covid-19 e subsidiar sistemas de alerta precoce para novos surtos”, comentou. “As discussões reforçaram que as principais vantagens frente a outras técnicas de vigilância em saúde pública são a capacidade de analisar tendências espaciais e temporais, produzir resultados em curtos períodos de tempo e gerar informações sobre um determinado grupo populacional sem a necessidade de depender de testagem clínica. Os relatos mostraram que Brasil e Portugal estão atuando de forma similar, na fronteira do conhecimento e gerando valor para a sociedade”, enfatizou o especialista.
Possetti explicou, ainda, que embora o vírus possa ser detectado no esgoto, ele não está na forma ativa e infecciosa. “Assim, a Covid-19 não é disseminada pelo esgoto e a rota de transmissão do novo coronavírus via esgoto não é aceita e comprovada cientificamente. A presença do novo coronavírus no esgoto é, apenas, um indicador que pode ser associado com a abrangência da doença e seu monitoramento é uma ferramenta complementar que pode auxiliar na vigilância epidemiológica”, frisou. “O painel ainda destacou que os esforços e articulações institucionais são imprescindíveis para o enfrentamento à Covid-19 e que o conhecimento e a tecnologia devem ser direcionados para bem servir a sociedade”, concluiu Gustavo Possetti.
Sobre 19º Silubesa
A 19ª edição do Silubesa tem como tema central “Mudanças Climáticas: novo desafio para o saneamento ambiental”. O objetivo da realização é contribuir de maneira efetiva para desenvolvimento da engenharia sanitária e ambiental, possibilitando a atualização técnico-científica, de profissionais e estudantes, entre os países de língua portuguesa.
O Simpósio acontece alternadamente no Brasil e em Portugal, a cada dois anos. Esta 19ª edição, inicialmente prevista para abril de 2020, em Recife, Pernambuco, foi transferida para esta data, com realização na modalidade online, em função da pandemia de Covid-19, incorporando algumas inovações em sua realização e possibilitando a ampla participação, com os esforços conjuntos das equipes do Brasil e de Portugal.
Este evento, ao longo de 30 anos de existência, atingiu um reconhecido prestígio por constituir um espaço privilegiado de transferência de conhecimento e de discussão e debate de questões essenciais para os avanços da Engenharia Sanitária e Ambiental e áreas afins em ambos os países.
Durante três dias, o simpósio reúne profissionais de empresas de saneamento públicas e privadas, gestores, técnicos, consultores, pesquisadores, acadêmicos, especialistas e estudantes do setor de saneamento e meio ambiente, unindo as duas nações por um objetivo comum: o avanço do saneamento para a melhoria do meio ambiente e pela saúde e qualidade de vida das pessoas.
O 19° Silubesa – Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental conta com o patrocínio da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp
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