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ABES-SP discute drenagem no sistema de saneamento básico

A Câmara Técnica de Recursos Hídricos – CTRH promoveu, nesta quarta-feira, 9 de março,  palestra com o engenheiro e consultor especialista em saneamento básico, Luiz Fernando Orsini Yazaki, que discorreu sobre o tema “Drenagem como Componente do Sistema de Saneamento”. A conversa faz parte de uma série de encontros que a Câmara vem promovendo sobre temas relevantes do saneamento.

“A drenagem historicamente tem sido desprezada como serviço de saneamento”, afirmou o consultor. “Isto tem provocado o aumento das inundações. A drenagem também tem a função de controlar a poluição hídrica”, falou.

Orsini também citou os problemas de drenagem em São Paulo como na região do Piscinão do Anhanguera, que costuma alagar mesmo após esta obra ter sido realizada. “As obras de drenagem em geral são planejadas para resolver um problema que poderia ter sido evitado e sem uma visão que integre com os outros sistemas urbanos. A drenagem não deve ser vista como uma atividade secundária no sistema de saneamento”, alerta.

Segundo o consultor, ainda hoje ocorre por todo o país o erro de construir locais, como conjuntos habitacionais, em regiões inundáveis, próximas a rios.

Também foi discutido como cidades pelo mundo lidam com os rios que possuem. “Nós vivemos em uma cidade que fez o contrário, virou as costas para o rio”, diz sobre São Paulo, comparando com cidades que possuem rios limpos e utilizados pela população, como o Tâmisa, em Londres. Orsini  resaltou a mudança de pensar este recurso hídrico do século XIX para o XXI. Hoje, as cidades não devem procurar se afastar dos rios, mas conviver com eles.

Para o coordenador da Câmara, Luis Eduardo Grisotto, é necessário e urgente reforçar o planejamento, a busca por soluções integradas e a viabilização de políticas e investimentos em micro e macrodrenagem em todo o País.  “Não se trata apenas de uma questão hídrica, mas de saúde pública e de sustentabilidade ambiental e urbana das cidades brasileiras”, afirmou.

A bióloga Rosangela Galvão, 52, achou interessante a proposta na palestra de unir os sistemas de drenagem e esgoto em São Paulo. “Foi bem gratificante. Discutir este tema é pensar no dia de amanhã”, afirmou.

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