
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou nesta segunda-feira, 1 de fevereiro, estado de emergência sanitária mundial por conta da ameaça do zika vírus. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça. A declaração, dada apenas em casos de ameaças globais, representa o maior nível de alerta da OMS.
O alerta surge principalmente em função da provável ligação entre o vírus e a microcefalia, que tem aumentado no Brasil. Há 270 casos confirmados em bebês brasileiros e 3.449 suspeitos desde 2015. O anúncio foi feito ao fim da primeira reunião do Comitê de Emergência sobre zika vírus da OMS.
“É necessária uma resposta internacional para minimizar essa ameaça nos países infectados e reduzir o risco de disseminação internacional”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, informando que a concentração de quadros de malformação congênita em bebês e síndromes neurológicas em regiões afetadas pelo zika constituem “um evento extraordinário e uma ameaça à saúde pública de outras partes do mundo”.
Chan avaliou ainda que a ausência de uma vacina contra o zika e de testes de diagnóstico confiáveis, somados à falta de imunidade na população dos países afetados pelo vírus, constituem fatores de preocupação para a OMS.
O mais alto nível de alerta só havia sido dado em três outras ocasiões pela OMS: em 2009, com a epidemia da gripe H1N1; em maio de 2014, com o ressurgimento de uma forma de poliomielite na Síria e no Paquistão; e em agosto de 2014, devido ao ebola.
Sobre a doença:
Prevenção – Há vacinas em fase de teste, mas nenhuma no mercado.
Transmissão – Por meio da picada do Aedes aegypti.
Diagnóstico – Pode ser feito por três tipos de exames, o mais comum deles é o teste sorológico, que detecta os anticorpos contra o vírus. O exame é feito no Rio Grande do Sul, pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen).
Tratamento – Não há tratamento específico para a doença, são tratados apenas os sintomas. A recomendação é que as pessoas se hidratem muito e fiquem em repouso. É recomendado ficar em casa e usar repelente, para evitar que mosquitos Aedes aegypti piquem a pessoa infectada e transmitam a doença para outros.
Medicação – Como não existem remédios específicos para o vírus, antivirais, são usados remédios apenas para tratar os sintomas, como antitérmicos para febres e analgésico para dores de cabeça ou no corpo. Remédios anticoagulantes, que podem causar hemorragias, são contraindicados.
Tempo do vírus – A infecção dura de dois a três dias até que comecem os sintomas. Depois do início dos sintomas, o vírus ainda permanece entre cinco a sete dias no corpo.
Alta – No quinto dia após o início dos sintomas, é preciso ir ao médico para nova avaliação. Caso a pessoa não apresente melhora, a doença pode levar à morte, pois pode haver perda de líquido e hemorragias internas e externas, o que pode levar à falência dos órgãos.
Veja o comunicado da OMS (em inglês): http://www.who.int/mediacentre/news/statements/2016/emergency-committee-zika-microcephaly/en/
Fonte: ZH Notícias
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