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Seminário Internacional de Mudanças Climáticas: painel 2 reflete sobre agravamento do cenário

Realizado online em plataforma digital exclusiva e interativa pela ABES (Diretoria Nacional e a Seção SP), por meio de suas Câmaras de Meio Ambiente e de Gestão de Recursos Hídricos, o evento ficará disponível por três meses para os inscritos.

O segundo painel na programação do Seminário Internacional de Mudanças Climáticas, realizado dia 6 de dezembro, trouxe um questionamento como tema: “As Mudanças Climáticas tendem a se Agravar?”. Coordenado por Luiz Pladevall, presidente da ABES-SP, o dabete contou com palestras de Luiz Carlos Baldicero Molion, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Lincoln Muniz Alves, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); e Josilene Ferrer, assessoria da Presidência da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

Realizado online, em plataforma digital exclusiva e interativa pela ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Diretoria Nacional e a ABES Seção São Paulo, por meio das Câmaras Temáticas de Meio Ambiente e de Gestão de Recursos Hídricos, e das Câmaras Técnicas da ABES-SP de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas e de Recursos Hídricos, o evento conta com o patrocínio da Companhia Básica de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp).

Pladevall deu início ao painel destacando que este é um evento neutro em carbono. “A ABES quantificou as emissões, que são poucas por ser um evento online, e cuidou de agir e realizar a compensação ambiental, por meio do apoio a projetos ambientais”, informou.

Destacando o questionamento como tema neste segundo painel, Pladevall afirmou que ainda que as mudanças climáticas e as crises hídricas sejam inquestionáveis ou inegáveis para grandes especialistas da comunidade científica, há um grande nível de incertezas quanto às causas e fatores responsáveis por essas alterações, que envolvem diversas questões. “Por isso estamos promovendo esse painel para apresentar as diferentes visões dos vários especialistas, inclusive para criar um debate e proporcionar a ampliação das informações sobre essas diversas visões”, observou.

A primeira apresentação, de Luiz Carlos Baldicero Molion, tratou sobre “Variabilidade Natural das Mudanças Climáticas”. O professor da UFAL fez um relato sobre os dados que incidem no cenário das mudanças climáticas e defendeu que há exageros nos dados divulgados em nível mundial e apresentou alguns argumentos contra o efeito estufa, o aumento do aquecimento global e as correlações entre CO2 e a temperatura média global do planeta.

Segundo ele, existem razões para crer que o impacto do CO2 na atmosfera seja minúsculo e impossível de ser medido de tão pequeno que é. “Por isso, as projeções catastróficas têm modelos e têm limitações, que tentam representar o clima natural de uma maneira muito grotesca”, pontuou.

A palestra 2, apresentada por Lincoln Alves, do Inpe, abordou os “Impactos da Influência Antrópica nos Eventos Extremos”. Em contraponto ao que o professor Molion apresentou, Lincoln destacou que para responder à provocação que o painel fez aos palestrantes convidados é necessário de fato recorrer ao que a ciência fala, uma vez que as mudanças climáticas tendem de fato a se agravar. “Diante desse contexto é importante trazer a perspectiva de que a percepção da mudança do clima como um risco ambiental global é relativamente recente, deriva da década de 70, quando a ciência começou a produzir um volume crítico de evidências e mecanismos de compreensão do sistema climático e, dado a esse volume crítico, as questões passaram muitas vezes de especulação científica para hipóteses prováveis”, elucidou.

O especialista atentou para o fato de que o clima é um tema multidisciplinar e interdisciplinar, envolvendo diferentes aspectos, não só a ciência climática, mas também abrangendo as questões sociais e ambientais. “É uma oportunidade de ver essa interface e interligação que a mudança do clima permite fazer com outros assuntos. Ela não traz o papel da ciência pela ciência, mas a relevância de subsidiar um planejamento seja de médio ou a longo prazo para políticas públicas e também para o setor privado”, apontou, acrescentando que a pergunta do painel é extremamente relevante para dirimir os questionamentos sobre a influência das mudanças climáticas nos eventos extremos.

Ele apresentou exemplos de reservatórios com níveis baixos na cidade de Jacareí, SP, e destacou os reflexos da seca no Brasil de maneira geral e os impactos que os eventos extremos estão causando na sociedade. Lincoln também salientou sobre o trabalho do IPCC, que através da avaliação de diversas publicações no mundo todo, cerca de 14.000, objetiva um processo transparente que traga as evidências científicas sobre as questões climáticas.

Baseado nas linhas de evidência que apresentou, Lincoln destaca que dentro do contexto proposto no painel, na evolução dos modelos científicos, que permitem a representação mais adequada dos fenômenos das variáveis do sistema climático produz conclusões relevantes. “A primeira delas, e é que indiscutível e não tem mais espaço para o negacionismo, é que as atividades humanas estão causando as mudanças climáticas, que se revelam através dos extremos climáticos, por meio das ondas de calor, as chuvas intensas, as secas, as quais estão se tornando cada vez mais frequentes e severas”, diz.

O especialista apresentou as outras conclusões e destacou que é importante reforçar o envolvimento da sociedade civil e o reforço das capacidades institucionais (setor público e privado) nos esforços para reduzir as emissões. “A comunicação é importante nesse processo, pois é preciso elaborar informações sistematizadas e de fácil acesso sobre os impactos da mudança do clima voltadas para os tomadores de decisão com abordagens integradas e interdisciplinares. Precisamos cada vez mais comunicar oportunidades como essa que a ABES está dando para quebrar as barreiras que ainda existem em torno do tema”, declarou.

Para mostrar os “Cenários e Tendências Futuras para o Clima no Planeta”, Josilene Ferrer, da Cetesb, iniciou sua palestra lembrando que o trabalho da agência ambiental primou por agir pelo princípio da precaução desde 1992. “O processo das negociações internacionais em termos do clima evoluiu muito, mas continuamos agindo pelo princípio da precaução, independente das certezas e até mesmo incertezas científicas. A ciência a cada ano se aproxima de um entendimento mais consolidado sobre a questão climática, portanto, não existe mais espaço para esse tipo de negacionismo neste momento atual”, avaliou.

A especialista mostrou algumas ações da Cetesb em prol da redução das emissões de GEE, como o Acordo Ambiental de São Paulo, a criação da Câmara Ambiental de Mudanças Climáticas, destacando a adesão de empresas de diversos portes e setores e apoio de várias entidades e as perspectivas de redução até 2030. Josilene comentou também sobre a participação da agência ambiental na COP26, com o lançamento  de um livro com 56 cases de sucesso na área de redução de GEE, e destacou os desafios pós-Conferência do Clima e ações que estão sendo implementadas no Estado de São Paulo.

O primeiro dia do Seminário Internacional de Mudanças Climáticas contou ainda com os painéis “Mudanças Climáticas e Eventos Extremos no Mundo e no Brasil” e “Impactos setoriais das mudanças climáticas e crises hídricas”.

Vale ressaltar que este é um evento NEUTRO EM CARBONO, ou seja, as emissões, que são poucas por ser um evento online, são quantificadas. A ABES cuidou de agir e realizar a compensação ambiental, por meio do apoio a projetos ambientais. O evento ficará disponível por três meses na platafoma para os incritos. Para mais informações, clique aqui.

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6 Comentários em Seminário Internacional de Mudanças Climáticas: painel 2 reflete sobre agravamento do cenário

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