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Visitas técnicas encerram as atividades do Congresso ABES Fenasan 2017

Visita ao Aquapolo

No dia 6 de outubro, sexta-feira, participantes do Congresso ABES Fenasan 2017 puderam ampliar seus conhecimentos com visitas técnicas. Veja a seguir:

Laboratórios e Instalações da Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
Participaram da visita 16 profissionais de diversos estados e regiões do país. A proposta foi viabilizada com o suporte do Diretor de Engenharia e Qualidade da CETESB e associado da ABES, Eduardo Luis Serpa.

Parte dos visitantes na entrada da CETESB

A visita teve início com as questões que envolvem a qualidade do ar, começando-se pela Sala de Monitoramento da Rede Telemétrica de Qualidade do Ar, onde é acompanhada a operação e funcionamento das estações espalhadas pela Região Metropolitana de São Paulo e dezenas de outras cidades pelo interior e litoral. Em seguida, foram visitados os laboratórios de Emissão Veicular e o de Amostragem e Análise do ar. Nos locais, foram apresentadas as principais tecnologias, equipamentos e metodologias utilizadas pela CETESB nas medições, escolhas dos locais de amostragem, elaboração de boletins e apresentação dos resultados, bem como as dificuldades encontradas nessas etapas e soluções identificadas pelos técnicos.

Laboratório de Emissões Veiculares, cuja explicação foi conduzida pelo Quím. Raphael Bellis de Souza

No Setor de Emergências Químicas, foram apresentados os principais riscos que acidentes com gases, solventes, inflamáveis e demais substâncias tóxicas podem provocar no entorno de indústrias e no transporte desses produtos, como poluição do ar e da água, danificação da fauna e da flora, incêndios ou mesmo vítimas fatais. A CETESB acompanha essas atividades por meio do licenciamento e da solicitação de planos de contingência aos usuários e produtores de tais substâncias e, ao fim dessa visita, foi visitado um dos veículos que dá suporte aos funcionários para esse tipo de atendimento.

Setor de Emergências Químicas, com a explicação do Analista Adm. Marco Antônio Lainha

Quanto aos laboratórios de análise de qualidade da água, sedimentos e resíduos, foram visitados 7, sendo eles: Química Orgânica, Química Inorgânica, Microbiologia e Parasitologia, Comunidades aquáticas, Ecotoxicologia Aquática, Genotoxicidade e Análise Toxicológica. Nesses, os gerentes e funcionários contaram um pouco sobre a rotina do laboratório, deram uma base sobre os fenômenos e parâmetros pesquisados e a importância desses no monitoramento ambiental e na saúde pública e as principais metodologias e equipamentos utilizados.

 

 

Outros dois laboratórios de suporte foram visitados. O Laboratório de Amostragem, no qual os técnicos coletam em todo o estado de São Paulo amostras para análise dos laboratórios, e o laboratório de metrologia e calibração, no qual é definida uma rotina para a vidraria e controle de temperatura para os demais laboratórios.

Para Thomas Ficarelli, coordenador do JPS-SP e geógrafo na própria CETESB, que acompanhou o grupo, foi gratificante ver o interesse do público na visita. “Eles ficaram frequentemente impressionados com o capital humano, instalações e tecnologias utilizadas na CETESB. Muitos deles puderam aprender sobre assuntos dos quais não tinham domínio e se aprofundar naquilo que já conheciam. O interesse em parcerias se mostrou grande também, algo que a CETESB já vem fazendo há muitos anos com o meio acadêmico e governos de outros estados e países”.

Endrew Carvalho, químico industrial de Goiás, comentou que a visita técnica foi muito produtiva, onde pode observar o alto padrão em termos de análises ambientais que são oferecidos nos laboratórios. “A estrutura é excelente, e serviu de exemplo e inspiração para levar serviços de qualidade ao meu estado”, comentou o químico.

Na visão de Lucas Calenzani, Químico e Engenheiro Civil do Espírito Santo, a experiência foi enriquecedora. “Além de observar como as análises são realizadas, ou como os parâmetros são questionados pelos analistas, é necessário compreender as demanda pelos monitoramentos ambientais”. Segundo ele, foi muito importante salientar a expertise da equipe CETESB, não só em explicar sua área de atuação mas em contextualizá-la.

A visita técnica à CETESB possibilitou o contato com distintos setores relacionados a qualidade do ar, água de abastecimento, efluentes e amostras ambientais, além de setores de emergências químicas, emissão veicular e calibração e metrologia, frisa Solange Goularte, professora da UFERSA, em Mossoró/RN. “Em cada setor visitado, os técnicos foram muito atenciosos e, ao mesmo tempo, apresentaram material, equipamentos e atividades desenvolvidas de forma clara e com rigor técnico-científico. Houve possibilidade para perguntas pelos participantes da visita e respostas pelos diferentes técnicos que nos receberam, proporcionando uma atividade muito produtiva para o profissional relacionado à atividades laboratoriais e monitoramento ambiental”.

Outras visitas:

ETE-ABC + AQUAPOLO (foto principal no topo desta matéria)
Fernando Gomes, representando a SABESP, recebeu os convidados e iniciou a visita técnica ETE-ABC + Aquapolo, o maior empreendimento para a produção de água de reúso industrial na América do Sul e quinto maior do planeta. Resultado da parceria entre a BRK Ambiental e a Sabesp, fornece por contrato 650 litros/segundo de água de reúso para o Polo Petroquímico da Região do ABC Paulista. Projeto moderno e sustentável, o Aquapolo está apto a produzir 1.000 litros/segundo de água de reúso, utilizando os mais avançados e complexos processos tecnológicos existentes.

ETE-Barueri
A ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Barueri, inaugurada em 1988, é a maior da América Latina e teve recentemente sua capacidade ampliada de 9,5 m3/s para 11 m3/s, beneficiando mais de 4,5 milhões de habitantes. A razão dessa ampliação se relaciona com o crescimento da coleta de esgoto nos municípios da região metropolitana de São Paulo, impulsionada pelos investimentos da terceira etapa do Projeto Tietê. Atualmente a estação atende, além da maior parte de São Paulo, os municípios de Jandira, Itapevi, Barueri, Carapicuíba, Osasco, Taboão da Serra e partes de Cotia e Embu. O processo de tratamento é de lodo ativado convencional e em nível secundário, com grau de eficiência de cerca de 90% de remoção de carga orgânica. Os esgotos são transportados para a estação, através de um sistema de esgotamento constituído por interceptores, sifões, travessias, emissários, totalizando 73 quilômetros de extensão.

ETE Barueri

 

 

 

 

 

 

 

Barragens Paiva Castro (rio Juqueri) + Elevatória Santa Inês (ESI) + ETA-Guaraú
O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas produtores de água do Brasil, com padrões de qualidade regidos pela Portaria 2914/11, do Ministério da Saúde.
ETA Guaraú: A Estação de Tratamento de Água do Guaraú, operada pela SABESP, recebeu o nome do vale do córrego Guaraú e foi projetada para operar com uma capacidade de 33 m3/s, o que a torna uma das maiores estações de tratamento de água do mundo. A ETA é responsável pelo abastecimento de quase metade da população da Região Metropolitana de São Paulo e está em funcionamento desde meados da década de 70. Na concepção do projeto, em função do conhecimento da qualidade da água bruta e do comportamento real de suas unidades, foram introduzidas diversas técnicas consideradas inovadoras, tais como: polieletrólito, misturadores e floculadores, com base no tipo de escoamento e no gradiente de velocidade, filtros rápidos de dupla camada e reservatório de água de lavagem. A ETA recebe água dos rios Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Juqueri (Paiva Castro), a uma distância de 100 km. São 48 km de túneis e canais para a água chegar até a estação. Estação Elevatória Santa Inês (ESI): Construída em meio a rochas, com equipamentos instalados a 60 metros da superfície, com poder de recalque de 120 metros, para transpor o obstáculo natural da Serra da Cantareira. A capacidade do motor é de 20mil HP e cada bomba recalca 11 mil litros de água por segundo. Barragem Paiva Castro: Visita à uma das barragens do Sistema Cantareira, formada pelo rio Juqueri.

Centro de Controle Operacional da SABESP – CCO
O sistema de abastecimento de Água da RMSP é representado por um conjunto de obras, equipamentos e serviços, destinados à entrega de água potável para a população de uma metrópole com cerca de 21,5 milhões de habitantes. O processo de gestão da adução consiste no gerenciamento contínuo desse sistema, através do Sistema de Supervisão e Controle Operacional, que compreende todo o sistema utilizado pelo Centro de Controle da Operação da adução. As principais atividades são:
• Gestão de mais de 221 estações remotas, 154 centros de reservação, válvulas, medidores de vazão, pressão e nível, além de 1.250 quilômetros de adutoras na RMSP, via recursos e equipamentos de Telemetria, monitorando uma vazão de mais de 60 mil litros de água por segundo;
• Gestão da comunicação para que as medições e comandos de campo (medição de níveis dos reservatórios, pressões nas adutoras, situação de “ligado-desligado” e comando das bombas, comando de válvulas, entre outros), que são “on-line”, possam ser recebidas e avaliadas pelo CCO;
. Gestão do consumo ao longo do dia;
. Gestão e controle dos volumes entregues para os clientes internos (Unidades de Negócio de distribuição);
. Gestão dos equipamentos de telemetria;
. Gestão da operação volante (equipes de operadores espalhados em pontos estratégicos da RMSP) para atuar em casos que necessitam de uma intervenção local.

Para mais imagens, acesse a galeria de fotos aqui.

 

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