
Nesta quarta-feira, 28 de junho, o presidente da ABES Seção Distrito Federal (ABES-DF), Marcos Montenegro, e representante do Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU) reuniram-se, na capital federal, com proprietários de bares e restaurantes para discutir sobre a logística reversa das embalagens de vidro no DF. O intuito é conscientizar a população sobre o descarte incorreto de garrafas de vidro não-retornáveis nos aterros sanitários.
Atentos às novas regras da Lei dos Resíduos Sólidos ou a Lei dos Grandes Geradores (Lei Distrital 5.610/2016), que entrarão em vigor até o fim deste ano, e preocupados com os impactos que as embalagens de vidro causam ao ambiente e também a garis e catadores, eles discutiram estratégias para a redução da geração de resíduos de vidrio.
Na reunião, os comerciantes decidiram fazer um manifesto e parar de comprar bebidas em garrafas de vidro das empresas para pressionar os fabricantes a disponibilizar garrafas retornáveis para bebidas como cervejas, refrigerantes e águas, considerando ainda que estas também têm como alternativa de embalagem latas e garrafas plásticas, para as quais existe mercado de reciclagem no DF.
A partir de 1º de agosto de 2017 o SLU vai parar de recolher embalagens de vidros de restaurantes, bares e grandes comércios que produzem mais de 120 litros de resíduos não recicláveis por dia. (Veja a entrevista da diretora do SLU e coordenadora da CT de Resíduos Sólidos da ABES aqui).
O Distrito Federal gera cerca de 90 toneladas de resíduos de vidro, que são destinadas como lixo indiferenciado devido à sua inviabilidade técnica e econômica para reciclagem. Apesar de ser um material 100% reciclável, não há indústrias de reciclagem de vidro na região que viabilizem tal destinação.
Projeto de Lei aprovado
Também na quarta, 28 de junho, a Câmara Legislativa aprovou em primeiro turno o Projeto de Lei nº 1.541/2017 – iniciativa da ABES DF – apresentado pelo Deputado Distrital Chico Vigilante (leia mais aqui), que prevê a venda, no atacado e no varejo, apenas de bebidas em garrafas retornáveis. A medida valerá para cervejas, refrigerantes, águas minerais e águas adicionadas de sais.
Ficam de fora, bebidas produzidas no exterior. No caso de bebidas produzidas e engarrafadas de forma personalizada por microempresas ou produtor artesanal poderá ser autorizada a comercialização em garrafas descartáveis desde que consentida por órgãos governamental.
A proposição prevê desde multa até a apreensão de mercadorias. Segundo o deputado Chico Vigilante, a reciclagem dessas embalagens não tem viabilidade no DF e estima-se que aproximadamente 22 mil toneladas de vidro sejam aterradas anualmente.
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