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ABES participa de workshop sobre Tecnologias em Tratamento de Água no Rio de Janeiro e em São Paulo

Luis Eduardo Grisotto, coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos - CTRH da ABES-SP.

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, juntamente com a Aquamec e o Consulado Britânico está promovendo o Workshop “Técnicas Britânicas em Tratamento de Água”.  Duas edições – no Rio de Janeiro, na sexta, dia 11 de março, e em São Paulo, nesta segunda, dia 14 – contaram com participação de representantes da ABES e palestrantes vindos do Reino Unido, apresentando novidades e soluções para o tratamento de água.

Na sede nacional da ABES, no Rio, o presidente da ABES-RJ, Sérgio Pinheiro de Almeida, deu as boas-vindas aos participantes e saudou a iniciativa. “É muito oportuna a iniciativa da ABES e da Aquamec em promoverem um workshop com o tema “Tecnologias Britânicas no Tratamento de Água” no Rio de Janeiro. A cidade está prestes a sediar o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos, em outubro de 2016. Este grande evento colocou em debate diversas questões relativas à infraestrutura sanitária da cidade. Além disto, acompanhando uma tendência mundial, a legislação brasileira recente nos impõe padrões mais restritivos nos procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. E eventos como este nos permitem conhecer mais alternativas para encarar os desafios desta nova realidade”, enfatizou.

Em São Paulo, o evento foi realizado na sede do Centro Brasileiro Britânico e contou com abertura realizada pela Cônsul Adjunta Renata Ramalhosa.

Antes do início dos painéis, Luis Eduardo Grisotto, coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos da ABES-SP, falou aos presentes, lembrando da importância da ABES, que neste ano de 2016 completa seu cinquentenário, com uma participação ativa nos principais debates do Brasil relacionados a saneamento básico e meio ambiente. “O próprio fundamento da ABES é exatamente procurar estudar, discutir e propor alternativas, soluções, ações, políticas públicas, diretrizes, projetos e, essencialmente, promover o conhecimento”, explicou.

Para reforçar a importância do encontro, Grisotto ressaltou a representatividade maciça da ABES em âmbito nacional, com seus representantes no Conselho Nacional do Meio Ambiente e Conselho Nacional de Recursos Hídricos, além de ser membro do Conselho Mundial da Água. No Estado de São Paulo, disse, a entidade está no Conselho Estadual de Meio Ambiente e no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, além de fazer parte do Comitê da Crise Hídrica e do Comitê de Bacias Piracicaba/Capivari/Jundiaí. “Ao atuar em todos esses temas e discussões, não nos furtaríamos a participar de um evento tão importante como este que discute tecnologia e tratamento”, afirmou.

O gerente de vendas da Selwood, Andrew Moore, abriu os painéis falando sobre as bombas fabricadas pela empresa, que são soluções para manipulação de sólidos e aplicações de bombeio complexo. Matt Tugwell, gerente de desenvolvimento de negócios da Klaw, explicou os itens que a empresa vem oferecendo ao mercado como acoplamentos, amplamente utilizados na transferência de gás, líquidos e pó. Na sequência, Peter Hoyle apresentou os equipamentos para contenção de derrame de óleo e sistema de separação água/óleo, desenvolvidos pela Vikoma. Alan Scott Lowson encerrou os painéis sobre tecnologias britânicas falando sobre equipamentos de desinfecção exclusiva, que utilizam apenas uma solução de água e sal, permitindo tratar com eficiência águas contaminadas por vírus, bactérias, nitratos, amônia e metais.

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Workshop de Tecnologias Britânicas, em São Paulo

Perspectivas para o Brasil

Em relação ao futuro do saneamento no Brasil e levando em conta a crise de escassez hídrica que atingiu o país nos últimos dois anos, Andrew Moore afirmou que “é muito importante que a água seja neutralizada e hidratada. Nós fazemos isso utilizando poucos produtos químicos, químicos tradicionais como o cloro, ácidos satirizados para tratar membranas. O processo é muito simples e permite reciclar a água. A combinação desses dois te dá o que você precisa”, disse.

Para Grisotto, neste contexto, é preciso mais que ampliar os sistemas e investimentos em tratamento. Há uma necessidade de melhorias em termos de tecnologia, de capacitação e de eficiência destes sistemas. “Por esta razão e por todo o trabalho que a ABES vem conduzido, ao longo desses anos, quero destacar que essa é uma das primazias dos nossos debates, visando a melhoria no conhecimento, a disseminação e divulgação das informações que tragam soluções alternativas, além da melhoria da qualidade de tratamento dos sistemas de abastecimento de água e tratamento de esgoto. Estamos tratando uma série de caminhos e ações em prol da sustentabilidade”, ressaltou.

Na visão do diretor da ABES-SP, Helio Padula, que coordenou pela ABES a parceria para o evento, o encontro foi interessante para apresentar as tecnologias mais recentes que podem ser aplicadas tanto no mercado de saneamento, água, esgoto, como no mercado de mediação ambiental que está em fase inicial de desenvolvimento no Brasil. “As tecnologias apresentadas trazem a linha completa de equipamentos e alternativas para a solução de todos os problemas de base de tratamento que podem ocorrer durante toda a operação de tratamento de água e de esgoto”, disse

Segundo ele, por aqui não são utilizadas algumas das tecnologias apresentadas, como por exemplo, desinfecção com eletrólise de água ou cargas elétricas, que são interessantes não para altos volumes de água, mas como emergência para evitar acidentes ambientais. “É importante trazer e apresentar todas as tecnologias do mundo, checar custos e viabilidade para a sua aplicação no Brasil”.

roadshow encerra-se nesta quinta-feira (17), com a última edição do Workshop, que será realizada em Curtitiba/PR.

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