
Por Ana Paula Rogers
Especialista internacional da NRW com 35 anos de atuação em mais de 30 países, membro voluntário ativo da International Water Association (IWA ) e dos grupos de especialistas em perdas de água da American Water Works Association (AWWA) e autor do livro “Manual de Controle de Perdas de Água”, Julian Thornton levará sua experiência ao I Seminário Internacional de Controle de Perdas e Enfrentamento da Escassez Hídrica, que será promovido pela ABES na próxima semana, de 5 a 7 de julho, em São Paulo, reunindo alguns dos maiores especialistas do mundo em combate às perdas em sistemas públicos de abastecimento de água.
Em entrevista ao ABES Notícias, o especialista ressaltou ações essenciais ao sucesso na redução de perdas. Leia a seguir:
ABES Notícias – O seminário acontecerá num momento interessante do Brasil, em que regiões como a Sudeste, onde encontra-se o estado de São Paulo, acabaram de superar uma fase de crise de escassez hídrica, que deixou muitas lições aos brasileiros sobre consciência de consumo de água e também lições de gestão. O tema das perdas de água passou a ser um dos mais abordados no país. Neste contexto, como o senhor vê a troca de informações entre especialistas internacionais e brasileiros no seminário?
Julian Thornton – Eu acho que a troca será muito importante para ambos os grupos . Há muito a ser aprendido com a experiência no Brasil e vice-versa. Grandes centros urbanos sofrem de escassez de água em muitas regiões do mundo e este tipo de intercâmbio permite que os gestores e operadores discutam ideias sobre o que funciona e o que não funciona em sua realidade local ou contexto – e por quê.
ABES Notícias – Que ações foram as mais importantes nos países ou nas grandes cidades que conseguiram significativas reduções nos seus índices de perdas? Que iniciativas técnicas ou gerenciais seriam mais adequadas ao cenário brasileiro?
Julian Thornton – Excelência na gestão do combate às perdas de água; validação de dados e planejamento de longo prazo; capacitação e formação de mão de obra própria e terceirizada – envolvimento das equipes no programa; incentivos para funcionários de todos os níveis da organização; análise de componentes de perdas – causa e efeito; selecção dos métodos de intervenção otimizados com base em dados de boa qualidade; implementação de métodos de intervenção otimizados por uma força de trabalho dedicada com suporte de nível superior; e PDCA – Planejar, desenvolver, checar e agir.
ABES Notícias – Quais são suas expectativas em relação à sua participação neste seminário no Brasil?
Julian Thornton – Estou ansioso para o encontro com profissionais neste seminário e para trocar informações e aprender sobre o que funciona e o que não funciona em suas experiências e regiões.
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