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Rio Water Week: especialistas brasileiros e internacionais trocam experiências 

Com auditório lotado, o primeiro dia da Rio Water Week, que aconteceu nesta segunda, 26 de novembro, no Riocentro, Rio de Janeiro, reuniu especialistas brasileiros e internacionais em torno de 4 dos 9 grandes temas do encontro: “Água e Esgoto para Todos até 2030”, “Governança e Planejamento”, e “Gestão Eficiente” e Monitoramento e Relatório do ODS 6″. O evento vai até esta quarta-feira, dia 28, e conta mais de 2 mil participantes e 100 especialistas, dentre estes 60 estrangeiros.

Para mais ver as fotos do evento, acesse aqui.

“Os desafios estão ai e temos que organizar muito mais níveis de inovação e não e apenas em termos de tecnologia. Temos que ter inovação no social, no gerenciamento, nos governos e todos trabalhando juntos é o que vai nos levar a alcançar o ODS 6 da ONU”, destacou Dhesigen Naidoo, da Water Research Comission (Comissão de Pesquisa da Água) da África do Sul (WRC ), orador principal da Sessão ÁGUA E ESGOTO PARA TODOS ATÉ 2030″.

Segundo ele, são muitas similaridades entre os países quando falamos dos desafios que enfrentamos, não apenas África do Sul e Brasil, mas em todo o globo. “O que não estamos capitalizando nesse cenário é que estamos todos trabalhando e buscando soluções isoladamente e com isso nossos esforços são menores do que deveriam. Nós realmente precisamos buscar parcerias fortes, porque isso é o que nos levará além do limite. E isso pede coragem”, explicou o palestrante. “A Rio Water Week está ajudando nesse sentido.  Proponho que possamos nos organizar para conseguirmos trocar ideias e experiências mais frequentemente e a tecnologia moderna nos permite fazer isto.  Talvez organizar outras Semanas da Água e levar para todo o globo porque nós claramente temos a capacidade para fazê-lo. Temos capacidade em nossos sistemas mas não estamos usando da forma certa”, frisou.

Participaram também do painel Enrique Cabrera (IWA), Ifetayo Venner (WEF Board of Trustees), Fabiana Campos, diretora da Sanepar, e Jerson Kelman ex- ANA e Sabesp. A moderação foi realizada pelo vice-presidente nacional da ABES e embaixador do evento, Carlos Alberto Rosito, e pelo diretor nacional da entidade, Alceu Guérios Bittencourt.

Fabiana Campos, apresentou os projetos de inovação da Sanepar com foco em sustentabilidade. “E de extrema importância uma organização como a ABES promover esse painel”, frisou ela. “Estamos falando muito do ODS 6. Mas dentro do nosso país tem uma discrepância enorme, com estados mais próximos de atingir [a universalização] e outros nem tanto. O único processo para que em 2030 ou 2033, efetivamente, tenhamos acesso universal à água, mais fundamentalmente ao esgoto, é tratando em congressos como esse. Podemos trocar boas práticas não só tecnológicas, mas também de incentivo político e econômico para que possamos crescer juntos”, ressaltou. “Um objetivo fundamental do ODS é que todos possam crescer juntos e não só em uma única localidade”.

Jerson Kelman, que em sua apresentação defendeu a questão do investimento em saneamento, destacou, entre outros pontos, que “mais do que convencer os governantes sobre a importância desse investimento é convencer a população que, assim como o celular é relevante, o saneamento – o tratamento e esgoto –  também é para sua qualidade de vida e isso gera custo”, pontuou.

Já Enrique Cabrera comentou que está feliz de poder vir ao Rio de Janeiro para participar de um evento tão importante como a Rio Water Week. “Estou impressionado. Muita gente se admirou porque quando se organiza um evento desse porte pela primeira vez é muito difícil”, disse. “Creio que os temas abordados nesta semana são de tremenda importância. Estamos falando do ODS 6 e acredito que é muito importante seguir realizando encontros como este porque não esta claro como vamos conseguir alcançar esses Objetivos e como temos que monitorar, medir o desempenho nos diferentes países”, salientou o palestrante espanhol.

Carlos Alberto Rosito fez um balanço sobre os dois primeiros painéis. “Creio que começamos com pé direito pela qualidade dos nossos convidados”, comemorou. “Realmente foram duas aulas sobre os diversos aspectos do saneamento trazidos pelos colegas aqui do Brasil, da Europa, da África do Sul e da América Central. Mostramos os exemplos bons e outros não tão bons que temos aqui. Vamos tentar internalizar as experiências interessantes que há no mundo no Brasil”, afirmou o embaixador da RWW.

Veja as opiniões de outros palestrantes do primeiro dia do evento

“Falar sobre governança para o setor de saneamento, gestão de risco, é um assunto muito importante, já que as empresas são tão cobradas para buscar a universalização. Tem um custo adequado e muitas vezes não atende os seus objetivos estratégicos. Foi um painel que deu para mostrar que as coisas estão interligadas. Não dá para separar governança e gestão de risco da própria questão do indicador, de como se chega na universalização. Foi um painel importante, vários palestrantes com conhecimento, bacana que deu um alinhamento melhor para o setor. Teremos um ótimo produto na relatoria”, Márcio Gonçalves de Oliveira, presidente da ABES-SP, palestrante na Sessão COMO ALCANÇAR A BOA GOVERNANÇA NAS OPERADORAS DE ÁGUA E ESGOTO

“Esse painel faz parte da realidade do dia a dia das empresas estaduais que atuam nas metrópoles do país, onde temos o grande desafio de regularizar áreas carentes, onde as pessoas têm dificuldade de acesso aos serviços de água e esgoto e que realmente demandam de metodologias absolutamente inovadoras para que nos possibilitem atuar tanto do ponto de vista técnico, que é díficil, quanto do ponto de vista cultural, comercial e social. Então, ver diversos panoramas de distintas partes do mundo atuando de formas diferentes é muito salutar e com certeza a troca de informações entre todos é muito legal porque podemos utilizar as informações e experiências de outros locais para nossa realidade”, Samanta Oliveira, coordenadora da Câmara Temática de Prestação de Serviços da ABES. Palestrante da Sessão “AGUA SEGURA NAS FAVELAS”

“Aqui nós falamos sobre a questão da gestão de secas e como a gente passa por esse processo. Como passamos pela gestão de crise para uma antecipação a essas crises. Essas experiências vivenciadas pela ANA, pelos estados e municípios desde 2012 elas trazem grandes contribuições para essa questão. Houve um aprimoramento muito grande na operação dos reservatórios, na negociação com os diferentes usuários, incluindo ai o setor elétrico e o setor ambiental. Enfim, eu diria que houve um crescimento positivo e uma preparação melhor paras enfrentamento de secas, incluindo aí um destaque para o Monitor de Secas como um instrumento que ainda precisa ser aprimorado, e a ANA vem desenvolvendo isso junto com os estados, para que a gente possa estar sempre melhor preparado, se antecipando a essas questões e com isso fazendo com que a população seja o mínimo afetada possível”. João Gilberto Lotufo, palestrante da Sessão ADAPTAÇÃO À MUDANÇA CLIMÁTICA  – GESTÃO DA ÁGUA EM SITUAÇÕES DE ESCASSEZ
“Eventos desse tipo sempre são muito importantes. Esse em particular pega uma questão mais técnica. Habitualmente, as pessoas vem para esse congresso mais ávidas pelo conhecimento de engenharia, técnico. E os temas que foram tratados: gerenciamentos de riscos, de controles e governança, que não são tão comuns assim para esse público, vejo com otimismo, como algo muito positivo. Tema importante para a gestão, para as empresas e para o Brasil.” Marcelo Fridori, Petrobrás Distribuidora, palestrante na Sessão COMO ALCANÇAR A BOA GOVERNANÇA NAS OPERADORAS DE ÁGUA E ESGOTO
“Participar deste painel foi uma experiência, como outras que tive na Abes, de valor inestimável. Principalmente porque neste trouxemos por um lado os EUA, Califórnia, que tem alta tecnologia e por outro lado a África do Sul, que é um país como o Brasil com muitos problemas, que já enfrentou inúmeras adversidades inclusive políticas. Mas eles estabeleceram planos e metas, estão fazendo adequações legais e estão evoluindo. Eu tive a oportunidade mostrar o nosso lado que, para muitos é uma meta não atingida, mas estamos no caminho. Nós temos um país do tamanho de continente e isso leva tempo para construção de um sistema de gerenciamento que integre saneamento, recursos hídricos e meio ambiente de forma adequada. Eu sou otimista e acredito que vamos chegar lá!” Francisco Lattoz, Consórcio PCJ, palestrante na SessãoAS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRA E INTERNACIONAL DE GOVERNANÇA DA ÁGUA PARA ALCANÇAR O ODS 6″
“Este painel foi excelente porque conseguimos entender melhor sobre a experiência em gestão dos recursos hídricos nos EUA e conhecer um pouco mais da gestão na África do Sul, que é uma informação que não temos aqui no país. Para mim, mesmo sendo parte do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, foi inédita essa história da política de recursos hídricos da África, que tem quase a mesma idade que a nossa, e, por fim, trazer uma experiência de sucesso da política do PCJ, que é um Comitê brasileiro que tem muito sucesso e experiências positivas. Acho que foi ótimo e a gente espera que o público tenha gostado também e que essas informações possam ser difundidas em todo o país.” Célia Rennó, membro da ABES-MG, Moderadora na Sessão na Sessão “AS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRA E INTERNACIONAL DE GOVERNANÇA DA ÁGUA PARA ALCANÇAR O ODS 6”

“Foi uma sessão muito dinâmica e nós falamos de questões muito importantes como gestão e preparação para situações de escassez antecipando-se à crise, porque é muito mais fácil gerenciar uma crise quando se tem planejamento, foram muito inspiradores os exemplos que conhecemos hoje.  Há muitas semelhanças entre o que foi vivenciado em São Paulo (crise hídrica) e o que vivemos na Califórnia (EUA). Nós mudamos nossas estratégias operacionais, estimulando nossos clientes a nos ajudarem durante a crise de escassez.  Sei que a Sabesp deu bônus para seus clientes e nós demos incentivos financeiros. A estratégia realmente teve impacto nos hábitos das pessoas. Nosso consumo residencial per capta foi de 185 litros para 155 litros, como resultado, no período de 2013 a 2017, similar ao que se enfrentou aqui no Brasil (em São Paulo)”. Paula Kehoe, San Francisco Public Utilities Comission (Califórnia/EUA) Palestrante da sessão ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS – GESTÃO DA ÁGUA E M SITUAÇÕES DE ESCASSEZ

“A preocupação do painel especificamente foi ver como podemos materializar os enunciados princípios da ONU para ampliação e universalização para cobertura do saneamento e incluindo proteção ambiental e gestão de recursos hídricos. Em segundo lugar, levantar uma questão nova ou não tão nova, mas que se dá uma questão muito modesta que é o fato de enfrentarmos crescentes problemas para extensão e operação de infraestrutura em áreas conflagradas em função da criminalidade. Já sabíamos disso em áreas de guerra civil como na Síria, Iêmen, Somália, Chade, mas temos sobretudo em cidades latinos americanas e em particular em capitais brasileiras uma interdição de certos territórios à ação pública e isso tem prejudicado a expansão e a prestação de serviço mais adequado de uma maneira da qual precisamos lidar e assumir o risco de termos problemas maiores no futuro.” Ricardo Araújo, da Sabesp, moderador do painel O DIREITO HUMANO À ÁGUA: ACESSIBILIDADE E CAPACIDADE DE PAGAMENTO PELO SERVIÇO

“É um gosto estar aqui na Rio Water Week. Este painel tratou da água e dos serviços de uma bacia, e em particular minha apresentação tratou dos fluxos ambientais, para dar uma visão um pouco mais ampla, porque os fluxos ambientais constituem uma boa estratégia para tratarmos de buscar recompor o equilíbrio do ciclo hidrológico do curso de água. É uma boa estratégia porque o que temos que buscar é que os rios sigam sendo rios.” Marta Paris, da RALCEA, palestrante da sessão BID – RESERVAS DE ÁGUA – ÁGUA PARA O FUTURO

“As reservas de água são muito importantes porque numa região onde está uma cidade e há menos disponibilidade de água temos que recorrer a uma visão um pouco mais ecológica de recuperação das fontes de água e de busca de fontes de água que ainda estão intocadas para poder garantir água e, garantindo a água, garantimos a sustentabilidade do crescimento e do desenvolvimento da sociedade. E tivemos algumas experiências, como um programa de Reservas de Água do México, uma experiência diferente de governança na Colômbia, de recuperação de bacia,  e dois temas que influenciam o todo: a preservação do ecossistema e as mudanças climáticas que afetam todo o planeta”. Mauro Nalesso, moderador da sessão BID – RESERVAS DE ÁGUA – ÁGUA PARA O FUTURO

“Esta iniciativa que a ABES está tomando de organizar pela primeira vez a Rio Water  Week é bastante interessante  e importante, já existem duas iniciativas em Estocolmo e em Cingapura e eu espero e acho que há toda possibilidade de transformar a Rio Water Week numa iniciativa do gênero na América do Sul, numa iniciativa de grande relevância e manter uma lógica internacional , chamando pessoas de todo mundo para partilhar esta experiência. Estou gostando muito da organização, do ambiente e da participação. Foi uma sessão de um tema importantíssimo, que é a informação do setor dos serviços de água e esgoto, é de enorme qualidade e importante para a evolução do setor no Brasil. Não se faz gestão do setor ou de um operador do setor sem ter boa informação. De um modo geral , a grande maioria dos países não tem informação em quantidade ou qualidade suficiente para fazer uma avaliação rigorosa do setor, em termos de serviços  de água e esgoto e o ACERTAR é um instrumento absolutamente essencial.” Jaime Melo Baptista, LNEC/LISWATER, palestrante do painel MELHORIA NA GESTÃO DO SANEAMENTO COM INFORMAÇÃO MAIS CONFIÁVEL – METODOLOGIA ACERTAR

“O desafio de dar acesso à água nas favelas, para a população menos favorecida é um assunto muito importante. O Brasil e outros países do mundo têm muitos moradores de favelas e nós devemos  abordar esse desafio juntos  e também com ações adaptadas a cada favela. Um trabalho social que envolve parte interessada, políticos, instituições, companhias estaduais e os moradores que devem ver que este é o melhor caminho para primeiro dar acesso á água e depois melhorar o saneamento, que tem um impacto positivo na saúde. Acho que este é um desafio importante a vencer.  Pensamos no Brasil como um país com muita água, mas há regiões com falta de água e estados onde as perdas têm impacto importante. E ao falamos de  água como um direito para todos, devemos assumir, verificar, reduzir as perdas e economizar. Um tema importante que está além do Brasil.” Charles Chami/SUEZ Marrocos, palestrante na Sessão – ÁGUA SEGURA NAS FAVELAS.

“O painel realizado sobre governança e a importância da governança para as companhias estaduais de saneamento e para os serviços de saneamento no Brasil é muito importante. Traz à tona a discussão dessa necessidade de gerenciar melhor, conhecendo os indicadores que estão disponíveis e utilizar isso numa parceria com a regulação para que se tenha boas práticas de gestão, cumprimento de metas, obediência aos contratos e, enfim, o atendimento a todos os cidadãos”, Álvaro Menezes da Costa, diretor nacional da ABES, moderador na Sessão COMO ALCANÇAR A BOA GOVERNANÇA NAS OPERADORAS DE ÁGUA E ESGOTO.

“Recebemos o convite para vir à Rio Water Week mostrar a nossa experiência para que outros possam replicá-la. Mostrar que o sistema pré-pago é uma opção que o operador de prestação de serviços em saneamento tem para levar a água aos usuários que têm dificuldade de pagar. É uma forma de inovar, apostando nas condições de vida dos usuários”, Eduardo Pelaes Ortiz, profissional comercial da Unidade de Oferta de Casas/Empresas Publicas de Medellin – EPM, Colômbia palestrante na Sessão – ÁGUA SEGURA NAS FAVELAS.

“Primeiro, agradeço pela oportunidade de participar do evento entendo que a gestão de risco e a governança corporativa é fundamental para que as empresas continuem dando um bom endereçamento nos seus investimentos e nas suas preocupações. Para que isso entre na rotina das pessoas e apoie os gestores na tomada da melhor decisão baseada em riscos/ oportunidades para que a gente consiga alcançar as metas estabelecidas para as empresas de saneamento que é a universalização da água e do esgoto. Trazendo bons resultados e atendendo todo aspecto social que é necessário.” Thais Mendonça, gerente Sênior da KPMG (área de Gestão de Riscos), palestrante na Sessão COMO ALCANÇAR A BOA GOVERNANÇA NAS OPERADORAS DE ÁGUA E ESGOTO.

“Discutimos um assunto muito interessante de uma metodologia do projeto Acertar que veio para certificar as informações no saneamento basicamente no Sistema Nacional de Informações.  Nós prestadores de serviços vemos com bons olhos essa iniciativa porque traz a padronização metodológica para a apuração das informações. Temos dificuldades porque esse sistemas hoje são declaratórios. Então, cada prestador preenche os dados sem uma auditoria. Não sabemos se os dados estão certos e são usados pelos reguladores para fazer referenciais comparativos e efeitos tarifários. As discussões nesse tipo são importantes e vemos com bons olhos a experiência internacional que foi trazida aqui.  Mostra que o setor de saneamento tem muito a ganhar com isso e vamos analisar daqui 5 anos como estaremos. A iniciativa deve ser parabenizada.  A organização da Rio Water Week está magnífica, esse tipo de evento só engrandece à ABES. São discussões de alto nível com especialistas nacionais e internacionais em prol do saneamento.”, Marcel Sanches, da Sabesp, palestrante na Sessão MELHORIA NA GESTÃO DO SANEAMENTO COM INFORMAÇÃO MAIS CONFIÁVEL -METODOLOGIA ACERTAR.

“O CASO DO PARAÍBA DO SUL”

A apresentação “LIDANDO COM A SECA EM BACIAS COMPLEXAS: O CASO DO PARAÍBA DO SUL” de Rosa Maria Formiga, da UERJ, teve como objetivo apresentar brevemente a crise hídrica na Bacia do rio Paraíba do Sul entre 2014 e 2016, o seu enfrentamento e lições aprendidas. “A Bacia do rio Paraíba do Sul é compartilhada entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, tem uma sofisticada infraestrutura hídrica que gera energia, aumenta a disponibilidade de água para os usos múltiplos e sobretudo é manancial de abastecimento para muitas pessoas: 6,3 milhões de pessoas na própria bacia e mais outros 10 milhões de habitantes das metrópoles do Rio de Janeiro e de São Paulo que se situam fora dos limites da bacia hidrográfica e se beneficiam de transferências hídricas”, explicou a especialista. Rosa enfatizou a severidade da seca, a pior do registro histórico desde 1931, que, segundo ela, surpreendeu usuários e gestores em uma região cuja maior preocupação tinha sido – até então – com a qualidade de água; o caráter fortemente participativo da definição de medidas e ações de economia de água, com o envolvimento de gestores públicos, usuários e comitês de bacia; e como foi possível evitar o colapso do abastecimento de 26 municípios na Bacia e de 83% da Metrópole do Rio de Janeiro, mediante ações coletivas de mitigação dos impactos da seca. Ela ressaltou, ainda, entre as reflexões finais, “a necessidade de se adotar posturas proativas de adaptação – de curto prazo (para a próxima seca) e de médio e longo prazos – diante do cenário de aumento da demanda por água e de mais incertezas relacionadas às secas, possivelmente mais frequentes e severas no futuro”.

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